quinta-feira, 31 de outubro de 2013

As exéquias eclesiásticas: A Igreja proíbe que os corpos sejam cremados?

Iniciando o mês de novembro, tradicionalmente dedicado às orações pelos nossos irmãos defuntos, trazemos à tona algumas questões acerca das exéquias eclesiásticas, isto é, do culto celebrado segundo as leis litúrgicas correspondentes – previstas no Ritual de Exéquias – pelo qual a Igreja suplica ajuda espiritual aos falecidos, honra seus corpos, e, ao mesmo tempo, proporciona aos vivos o consolo da esperança (cf. c. 1176 §2). Tal oração da Igreja fundamenta-se em nossa fé na existência do purgatório, na ressurreição da carne e no sentido pascal da morte para o cristão.

Com exceção dos casos que veremos a seguir, os fiéis têm o direito de receber as exéquias eclesiásticas conforme o Direito, e, portanto, os pastores possuem o dever de prover esse direito aos fiéis.

Quanto ao modo de proceder com os corpos das pessoas falecidas, a Igreja recomenda, com insistência, que seja conservado o costume de sepultá-los, porém não proíbe a cremação, desde que esta não tenha sido escolhida conforme motivos contrários à fé cristã (cf. c. 1180 §3).

Como norma geral, as exéquias devem ser celebradas no próprio território da paróquia do fiel falecido, e pelo próprio pároco, já que essa é uma das principais funções das quais está encarregado (cf. c. 530, 5º). No entanto, existem muitas exceções a esta norma. Para citar algumas delas: é permitido a qualquer fiel ou aos responsáveis pelas exéquias do falecido escolher outra igreja para o funeral, com o consentimento de quem está à frente desta, e avisando-se ao pároco do próprio falecido; caso a morte tiver ocorrido fora do território da paróquia, as exéquias podem ocorrer na igreja paroquial do lugar de falecimento. Com relação ao cemitério, não sendo proibido pelo direito, é lícito a todos escolher o cemitério para sua própria sepultura (cf. c. 1180 §2).

Prevê-se também que, em cada paróquia, exista um livro de óbitos, de acordo com o direito particular, para as anotações dos falecimentos (cf. cc. 535 e 1182). Dado o elevado número de pessoas que habitam o território de cada paróquia, como é o caso das paróquias de nossa arquidiocese, pode perceber-se a dificuldade prática de realização desta norma.

As exéquias eclesiásticas podem ser concedidas, além de todos os fiéis católicos, aos catecúmenos, e, com a licença do Ordinário local, às crianças cujos pais pretendiam batizá-las e morreram antes do Batismo; inclusive aos cristãos pertencentes a comunidades eclesiais não católicas, exceto se constar sua vontade contrária e contanto que não seja possível a presença do seu ministro próprio (cf. c. 1183).

Respeitando a decisão da pessoa falecida, caso antes da morte não tenham dado sinal de arrependimento, devem ser privados das exéquias eclesiásticas os apóstatas, hereges e cismáticos notórios; os que tiverem escolhido a cremação de seu corpo por motivos contrários à fé cristã; e os pecadores manifestos aos quais não se possa conceder as exéquias sem escândalo público dos fiéis. Em caso de dúvida, o Ordinário local deve ser consultado para dar o seu parecer (cf. c. 1184).

Padre Demétrio Gomes - Canção Nova Formação / Pastoral da Comunicação da Paróquia de Sant'Ana - http://matrizdesantana.blogspot.com.br/

quarta-feira, 30 de outubro de 2013

Comissão inicia segunda etapa das obras na Capela de Nossa Senhora do Carmo

A comissão responsável pela reforma da Capela de Nossa Senhora do Carmo deu início à segunda etapa das obras de melhoria física e reestruturação da Capela de Nossa Senhora do Carmo.


Prestes a completar um século de história, a Capela de Nossa Senhora do Carmo, patrimônio cultural e religioso de Bom Jardim, vem sofrendo intervenções estruturais para melhor acomodar os fiéis e proporcionar um ambiente mais aprazível aos seus frequentadores.

Graças à generosidade do povo bonjardinense, a primeira etapa das obras foi concluída com sucesso. A aquisição de grades, pintura da fachada e do altar, recuperação de portas e janelas, reposição de vidros e recuperação da parte elétrica foram efetuadas para que pudessem dar prosseguimento ao projeto geral de reforma totalizado em cinco etapas: Intervenções Paliativas; Construção do Novo Coro e Escadaria Interna; Teto; Construção do Sanitário e Sacristia; Área Externa.

Segundo Breno Andson, membro da Comissão de Reforma da Capela de Nossa Senhora do Carmo, ainda há muito a se fazer. A campanha será potencializada para que mais bonjardinenses abracem esta causa de fé e preservação do nosso patrimônio.

“Não é tarefa fácil, temos a plena consciência disso. Porém, não esmoreceremos diante das dificuldades. É fortalecidos na fé que nós ‘comissão’ caminharemos unidos em prol da preservação do patrimônio religioso bonjardinense. Esperamos contar com a generosidade de toda a população para que as obras sejam concluídas dentro do cronograma traçado. Essa empreitada de fé é nossa, de todos os cidadãos bonjardinenses.” Enfatizou o jovem.

No próximo sábado, 02/11, Finados, membros da comissão estarão na Capela de Nossa Senhora do Carmo, das 06h00 às 18h00, para a recitação do Santo Terço da Divina Misericórdia, às 15h00; onde no ensejo também estarão arrecadando doações em prol da reforma da capela.

As doações também podem ser efetuadas através de depósito bancário ou transferência para a seguinte conta: Banco do Brasil - Agência: 1650-0 / Conta Poupança: 24.433-3 / Variação: 51. Para mais informações ligue: (81) 9771-7578.


Por Bruno Araújo / Pastoral da Comunicação da Paróquia de Sant’Ana - http://matrizdesantana.blogspot.com.br/

terça-feira, 29 de outubro de 2013

Ressurreição × Reencarnação

A fé é ao mesmo tempo um dom de Deus e uma resposta do homem à revelação que Deus lhe faz de Si mesmo. A iniciativa é sempre de Deus. Mas a resposta é nossa. Dizer “sim” ou “não” a Deus depende unicamente de nós. Não existe um “talvez” ou “amanhã, quem sabe…”. Traduzindo em bom português, estas respostas evasivas querem dizer: “agora não”. E isto, na prática, significa simplesmente: “não”. Não podemos dizer para Deus: “amanhã eu crerei”; “amanhã eu te amarei”; “amanhã eu te seguirei”. Nada podemos garantir para amanhã. Nem mesmo sabemos se estaremos vivos. Se você quer dizer um “sim” para Deus, diga-o hoje. Ou melhor, diga-o AGORA! Por que esperar? Se você tem alguma oportunidade de amar a Deus e entregar sua vida a Ele, esta oportunidade é agora: “É agora o momento favorável, é agora o dia da salvação” (2Cor 6,2).

Dando o nosso “sim” para Deus, já mostramos que temos fé. Está bem, nossa fé é muito pequena. Mas se ela for do tamanho de um grão de mostarda (que é minúsculo), já será suficiente para transportar uma montanha. Por isso, não importa qual seja o tamanho da sua fé. Importa ter fé e, perseverando em Deus, crescer na fé. “Assim, ele capacitou os santos para a obra do ministério, para a edificação do Corpo de Cristo, até chegarmos, todos juntos, à unidade na fé e no conhecimento do Filho de Deus, ao estado de adultos, à estatura do Cristo em sua plenitude. Então, não seremos mais como crianças, entregues ao sabor das ondas e levados por todo vento de doutrina, ludibriados pelos outros e por eles, com astúcia, induzidos ao erro. Ao contrário, vivendo segundo a verdade, no amor, cresceremos sob todos os aspectos em relação a Cristo, que é a cabeça” (Ef 4,11-15).

Nosso objetivo neste artigo é ajudá-lo a ter uma fé sólida e madura. Por isso, vamos tratar aqui de um desses “ventos de doutrina”, que se chama reencarnação. Vamos então ver a diferença entre RESSURREIÇÃO e reencarnação. Nós, cristãos, cremos na Ressurreição! Cremos que o homem nasce e morre uma única vez: “E como está determinado que os homens morram uma só vez, e depois vem o julgamento, assim também Cris-to, oferecido uma vez por todas para tirar os pecados da multidão, aparecerá uma segunda vez, não mais em relação ao pecado, mas para salvar aqueles que o esperam” (Hb 9,27-28).

– Como então acreditar que alguém possa morrer e reencarnar várias vezes? Cristo é o único salvador de toda a humanidade! Cremos que, por sua morte na cruz, Cristo redimiu todos os homens. Nenhum homem é capaz de apagar os próprios pecados; Cristo é o único salvador da humanidade.

– Como então acreditar que alguém possa reencarnar várias vezes, até se purificar completamente do seu karma (as culpas que ele acumulou pelos seus erros nesta vida e nas vidas passadas)? Se o homem pode salvar-se a si mesmo, então Jesus morreu em vão na cruz?! Se o homem se salva através das sucessivas reencarnações, que dizer dessas palavras de São Pedro? “Tende consciência de que fostes resgatados da vida fútil herdada de vossos pais, não por coisas perecíveis, como a prata ou o ouro, mas pelo precioso sangue de Cristo, cordeiro sem defeito e sem mancha” (1Pd 1,18-19). Na ressurreição, teremos um corpo glorioso!

Perdoados pelo único sacrifício redentor de Cristo, ressuscitaremos para a vida eterna. Assim como Cristo ressuscitou, também nós ressuscitaremos. Na ressurreição, teremos um corpo glorioso, não mais sujeito à fome, às doenças, ao envelhecimento, ao sofrimento e à morte. Será um corpo glorioso que refletirá a glória e a perfeição do Criador.

O mesmo Deus que deu a vida ao ser humano na obra da criação dá ao homem uma vida nova na obra ainda maior da ressurreição. Ao assumir um corpo humano, Cristo nos revela a dignidade e santidade do nosso corpo. Não somos espíritos presos na matéria; somos seres humanos completos, que receberam um corpo e uma alma como dom maravilhoso de Deus. Os anjos são seres puramente espirituais, mas o homem possui corpo e alma.

Cristo veio para salvar o homem todo; para isso assumiu nossa vida humana em plenitude. Portanto, assim como nossa alma será redimida, também nosso corpo será redimido. Através da morte de cruz, Cristo nos libertou do pecado. Mas a obra da redenção se completa na ressurreição, quando Cristo nos livra da morte.

– Como então acreditar que, depois de purificar-se totalmente através das sucessivas reencarnações, o homem se desencarna definitivamente, livrando-se da “prisão do corpo” e passando a viver como puro espírito? Esta falsa doutrina da reencarnação nega a ressurreição da carne. Como é possível ser cristão e acreditar em reencarnação? É impossível!

Aquele que reza “creio na ressurreição da carne, na vida eterna, amém” jamais poderá crer na desencarnação definitiva. Essas duas realidades são incompatíveis! Ou melhor, a RESSURREIÇÃO é uma REALIDADE e a reencarnação não passa de ficção.

A RESSURREIÇÃO é a razão da nossa fé! “Pois, se os mortos não ressuscitam, então Cristo também não ressuscitou. E se Cristo não ressuscitou, a vossa fé não tem nenhum valor e ainda estais nos vossos pecados. Então, também pereceram os que morreram em Cristo. Se é só para esta vida que pusemos a nossa esperança em Cristo, somos, dentre todos os homens, os mais dignos de compaixão. Mas, na realidade, Cristo ressuscitou dos mortos como primícias dos que morreram” (1Cor 15,16-20).

– Um cristão que acredita em reencarnação, mesmo que não saiba, está negando a ressurreição de Cristo. Que aquele que se diz cristão e ainda acredita em fábulas como a reencarnação reveja seus caminhos, deixe o Espírito Santo aprofundar seu relacionamento com o Deus vivo e procure aprender a sã doutrina que Cristo confiou à sua Igreja.

De fato, se Cristo ressuscitou e somos seus discípulos, também nós ressuscita-remos com ele: “E, se o Espírito daquele que ressuscitou Cristo dentre os mortos habita em vós, aquele que ressuscitou Cristo dentre os mortos vivificará também vossos corpos mortais, pelo seu Espírito que habita em vós” (Rm 8,11). Esta é nossa fé e nossa esperança!

Marcelo Picolo Catelli - Comunidade Obra de Maria / Pastoral da Comunicação da Paróquia de Sant'Ana - http://matrizdesantana.blogspot.com.br/

segunda-feira, 28 de outubro de 2013

São Simão e São Judas Tadeu

Celebramos na alegria da fé os apóstolos São Simão e São Judas Tadeu.

São Simão

Simão tinha o cognome de Cananeu, palavra hebraica que significa “zeloso”.

Nicéforo Calisto diz que Simão pregou na África e na Grã-Bretanha. São Fortunato, Bispo de Poitiers no fim do século VI, indica estarem Simão e Judas enterrados na Pérsia.

Isto vem das histórias apócrifas dos apóstolos; segundo elas, foram martirizados em Suanir, na Pérsia, a mando de sacerdotes pagãos que instigaram as autoridades locais e o povo, tendo sido ambos decapitados. É o que rege o martirológio jeronimita.

Outros dizem que Simão foi sepultado perto do Mar Negro; na Caucásia foi elevada em sua honra uma igreja entre o VI e o VIII séculos. Beda, pelo ano de 735, colocou os dois santos no martirológio a 28 de outubro; assim ainda hoje os celebramos.

Na antiga basílica de São Pedro do Vaticano havia uma capela dos dois santos, Simão e Judas, e nela se conservava o Santíssimo Sacramento.

São Judas Tadeu

Judas, um dos doze, era chamado também Tadeu ou Lebeu, que São Jerônimo interpreta como homem de senso prudente. Judas Tadeu foi quem, na Última Ceia, perguntou ao Senhor: “Senhor, como é possível que tenhas de te manifestar a nós e não ao mundo?” (Jo 14,22).

Temos uma epístola de Judas “irmão de Tiago”, que foi classificada como uma das epístolas católicas. Parece ter em vista convertidos, e combate seitas corrompidas na doutrina e nos costumes. Começa com estas palavras: “Judas, servo de Jesus Cristo, e irmão de Tiago, aos chamados e amados por Deus Pai, e conservados para Jesus Cristo: misericórdia, paz e amor vos sejam concedidos abundantemente”. Orígenes achava esta epístola “cheia de força e de graça do céu”.

Segundo São Jerônimo, Judas terá pregado em Osroene (região de Edessa), sendo rei Abgar. Terá evangelizado a Mesopotâmia, segundo Nicéforo Calisto. São Paulino de Nola tinha-o como apóstolo da Líbia.

Conta-se que Nosso Senhor, em revelações particulares, teria declarado que atenderá os pedidos daqueles que, nas suas maiores aflições, recorrerem a São Judas Tadeu.

Santa Brígida refere que Jesus lhe disse que recorresse a este apóstolo, pois ele lhe valeria nas suas necessidades. Tantos e tão extraordinários são os favores que São Judas Tadeu concede aos seus devotos, que se tornou conhecido em todo o mundo com o título de Patrono dos aflitos e Padroeiro das causas desesperadas.

São Judas é representado segurando um machado, uma clava, uma espada ou uma alabarda, por sua morte ter ocorrido por uma dessas armas.

Santo do Dia - Canção Nova / Pastoral da Comunicação da Paróquia de Sant'Ana - http://matrizdesantana.blogspot.com.br/

sábado, 26 de outubro de 2013

Dois tipos de oração

Para alguns que confiavam na sua própria justiça e desprezavam os outros, Jesus contou esta parábola: “Dois homens subiram ao templo para orar. Um era fariseu, o outro publicano. O fariseu, de pé, orava assim em seu íntimo: ‘Deus, eu te agradeço porque não sou como os outros, ladrões, desonestos, adúlteros, nem como este publicano. Jejuo duas vezes por semana e pago o dízimo de toda a minha renda’. O publicano, porém, ficou a distância e nem se atrevia a levantar os olhos para o céu; mas batia no peito, dizendo: ‘Meu Deus, tem compaixão de mim, que sou pecador!’ Eu vos digo: este último voltou para casa justificado, mas o outro não. Pois quem se exalta será humilhado, e quem se humilha será exaltado”. Lc 18,9-14

A salvação é dom de Deus

Os destinatários da parábola deste domingo são “aqueles que confiavam na sua própria justiça e desprezavam os outros” (v. 9). A “própria justiça”, aqui, diz respeito à prática da Lei. A teologia da retribuição reitera que o homem que cumpre de modo irrepreensível todos os mandamentos é salvo (ver Dt 28,1ss). Ora, a salvação é dom de Deus. O empenho de pôr em prática os mandamentos é reflexo da consciência de ter sido salvo. O reconhecimento do dom recebido, em Jesus, tem implicações para a vida prática de quem quer que seja. No tempo do Messias, nós não estamos mais sob o regime da Lei, mas da graça: “Ninguém é justificado diante dele pelas obras da lei […]. Agora, independente da Lei, a justiça de Deus foi manifestada; a Lei e os Profetas lhe dão testemunho. É a justiça de Deus pela fé em Jesus Cristo para todos os que creem” (Rm 3,20-22).

Os personagens da parábola são um fariseu e um publicano. O publicano é considerado um pecador público (cf. Lc 19,7); estava a serviço dos romanos, e sua função era odiosa: cobrar os impostos. Eram considerados ladrões e exploradores. Zaqueu, que era chefe dos cobradores de impostos, dirá a Jesus: “Senhor, se defraudei alguém…”; trata-se de um condicional de realidade, isto é, ele efetivamente havia defraudado as pessoas. Apresenta-se diante de Deus na sua verdade: “Meu Deus, tem compaixão de mim, que sou pecador!” (v. 13). Na sua imensa bondade e misericórdia, é Deus quem o salva, pois “A oração do humilde penetra as nuvens e não se consolará enquanto não se aproximar de Deus” (Eclo 35,21). Reconhecer-se na sua miséria diante de Deus, eis a verdadeira oração!

O fariseu, ao contrário, é considerado um homem justo que cumpre de maneira irrepreensível todos os mandamentos da Lei. Na sua oração, recita a própria justiça: “Deus, eu te agradeço porque não sou como os outros, ladrões, desonestos, adúlteros, nem como este publicano. Jejuo duas vezes por semana e pago o dízimo de toda a minha renda” (vv. 11-12). O fariseu certamente não mente; pratica a lista de prescrições que recita diante de Deus. A referência de sua oração é ele mesmo; ele se basta, não pede nada, não necessita de coisa alguma. A sua oração é uma volta sobre si mesmo e sobre a sua própria obra. A salvação para ele não é dom, é merecimento. A última frase do texto é muito ampla e convida a Igreja a tirar as consequências: “... quem se exalta será humilhado, e quem se humilha será exaltado” (v. 14). Isto significa que diante de Deus ninguém pode se orgulhar do quer que seja, pois tudo é dom (cf. 1Cor 1,29-30).

Carlos Alberto Contieri - Paulinas / Pastoral da Comunicação da Paróquia de Sant'Ana - http://matrizdesantana.blogspot.com.br/

sexta-feira, 25 de outubro de 2013

Santo Antônio de Sant’Anna Galvão

Conhecido como “o homem da paz e da caridade”, Antônio de Sant’Anna Galvão nasceu no dia 10 de maio de 1739, na cidade de Guaratinguetá (SP).

Filho de Antônio Galvão, português natural da cidade de Faro em Portugal, e de Isabel Leite de Barros, natural da cidade de Pindamonhangaba, em São Paulo. O ambiente familiar era profundamente religioso. Antônio viveu com seus irmãos numa casa grande e rica, pois seus pais gozavam de prestígio social e influência política.

O pai, querendo dar uma formação humana e cultural segundo suas possibilidades econômicas, mandou Antônio, com a idade de 13 anos, à Bahia, a fim de estudar no seminário dos padres jesuítas.

Em 1760, ingressou no noviciado da Província Franciscana da Imaculada Conceição, no Convento de São Boaventura do Macacu, na Capitania do Rio de Janeiro. Foi ordenado sacerdote no dia 11 de julho de 1762, sendo transferido para o Convento de São Francisco em São Paulo.

Em 1774, fundou o Recolhimento de Nossa Senhora da Conceição da Divina Providência, hoje Mosteiro da Imaculada Conceição da Luz, das Irmãs Concepcionistas da Imaculada Conceição.

Cheio do espírito da caridade, não media sacrifícios para aliviar os sofrimentos alheios. Por isso o povo a ele recorria em suas necessidades. A caridade de Frei Galvão brilhou, sobretudo, como fundador do mosteiro da Luz, pelo carinho com que formou as religiosas e pelo que deixou nos estatutos do então recolhimento da Luz. São páginas que tratam da espiritualidade, mas em particular da caridade de como devem ser vivida a vida religiosa e tratadas as pessoas de dentro e de fora do “recolhimento”.

Às 10 horas do dia 23 de dezembro de 1822, no Mosteiro da Luz de São Paulo, havendo recebido todos os sacramentos, adormeceu santamente no Senhor, contando com seus quase 84 anos de idade. Foi sepultado na Capela-Mor da Igreja do Mosteiro da Luz, e sua sepultura ainda hoje continua sendo visitada pelos fiéis.

Sobre a lápide do sepulcro de Frei Galvão está escrito para eterna memória: “Aqui jaz Frei Antônio de Sant’Anna Galvão, ínclito fundador e reitor desta casa religiosa, que tendo sua alma sempre em suas mãos, placidamente faleceu no Senhor no dia 23 de dezembro do ano de 1822″. Sob o olhar de sua Rainha, a Virgem Imaculada, sob a luz que ilumina o tabernáculo, repousa o corpo do escravo de Maria e do Sacerdote de Cristo, a continuar, ainda depois da morte, a residir na casa de sua Senhora ao lado de seu Senhor Sacramentado.

Frei Galvão é o religioso cujo coração é de Deus, mas as mãos e os pés são dos irmãos. Toda a sua pessoa era caridade, delicadeza e bondade: testemunhou a doçura de Deus entre os homens. Era o homem da paz, e como encontramos no Registro dos Religiosos Brasileiros: “O seu nome é em São Paulo, mais que em qualquer outro lugar, ouvido com grande confiança e não uma só vez, de lugares remotos, muitas pessoas o vinham procurar nas suas necessidades”.

O dia 25 de outubro, dia oficial do santo, foi estabelecido, na Liturgia, pelo saudoso Papa João Paulo II, na ocasião da beatificação de Frei Galvão em 1998 em Roma. Com a canonização do primeiro santo que nasceu, viveu e morreu no Brasil, a 11 de maio de 2007, o Papa Bento XVI manteve a data de 25 de outubro.

Santo do Dia - Canção Nova / Pastoral da Comunicação da Paróquia de Sant'Ana - http://matrizdesantana.blogspot.com.br/

quinta-feira, 24 de outubro de 2013

Adoração ao Santíssimo

A adoração é o primeiro ato da virtude da religião. Adorar a Deus é reconhecê-lo como Deus, como o Criador e o Salvador, o Senhor e o Mestre de Tudo o que existe, o Amor infinito e misericordioso. “Adorarás o senhor teu Deus, e só a ele prestarás culto” (Lc 4,8), diz Jesus, citando o Deuteronômio (6,13).


“Adorar a Deus é, no respeito e na submissão absoluta, reconhecer o nada da criatura, que não existe a não ser por Deus. Adorar a Deus é, como Maria no Magnificat, louvá-lo, exaltá-lo e humilhar-se a si mesmo, confessando com gratidão que Ele fez grandes coisas e que seu nome é Santo. Adoração do Deus único liberta o homem de se fechar em si mesmo, da escravidão do pecado e da idolatria do mundo.” ( Catecismo da Igreja Católica n. 2096 e 2097).

Toda vez que estivermos perante o Santíssimo esteja Ele exposto ou no sacrário devemos nos colocar numa atitude de despojamento e professarmos a fé na sua presença no pão e no vinho que para nós são Corpo e Sangue de Cristo. E podemos fazê-lo com estas palavras ou de forma espontânea:

“Meu Deus! Eu creio, adoro, espero e amo-Vos; peço-Vos perdão para os que não crêem, não adoram, não esperam e não Vos amam.”

"A adoração é o primeiro ato da virtude da religião. Adorar a Deus é reconhecê-lo como Deus, como Criador e o Salvador, o Senhor e o Dono de tudo o que existe, o Amor infinito e misericordioso."

"Adorarás o Senhor, teu Deus, e só a Ele prestarás culto."
(Lc4,8), diz Jesus, citando o Deuteronômio (6,13)."

Fonte: www.adoracaoaosantissimo.com.br / Pastoral da Comunicação da Paróquia de Sant'Ana - http://matrizdesantana.blogspot.com.br/

terça-feira, 22 de outubro de 2013

O que é ser missionário?

Missionário é aquele que anuncia o Evangelho, fazendo suas as palavras e o testemunho de Jesus Cristo; mas é também aquele que, mesmo sem anúncio explícito, encarna e vive cada uma dessas palavras, transformando-as em gestos concretos de solidariedade.


Missionário é aquele que está disposto a sair, lançar-se em terras estranhas e inóspitas, abrir veredas novas no deserto ou na selva; mas é também aquele que se dispõe a ficar, convertendo-se em presença viva e atuante em cada dor humana e em cada porão de sofrimento.

Missionário é aquele que, por seus feitos e dedicação, ganha imagens impressas e coloridas, fixadas em profusão nas paredes de templos e casas; mas é também aquele que, desconhecido e silencioso, oferece no altar do anonimato sua vida e suas forças.

Missionário é aquele cuja voz e ação entusiasma e congrega ao seu redor multidões; mas é também aquele que, caso a caso, faz-se o companheiro mudo de cada solidão, o refúgio e bálsamo para o abandono e a exclusão. Missionário é aquele cuja face divino-humana espelha os traços de um Deus pai e mãe, cheio de amor, misericórdia e compaixão; mas é também aquele em cujo rosto humano-divino; imprimem-se as angústias e esperanças dos pobres.

Missionário é aquele que sobe à montanha, onde reza e se deixa interpelar pela presença do Pai; mas é também aquele que desce à rua e aos campos e, no contato vivo com mulheres e homens desfigurados, questiona e pugna por uma sociedade justa e solidária.

Pe. Alfredo Gonçalves - Canção Nova Formação / Pastoral da Comunicação da Paróquia de Sant'Ana - http://matrizdesantana.blogspot.com.br/

segunda-feira, 21 de outubro de 2013

Festa da Mãe Rainha

O desejo do Pe. José Kentenich, em 18 de outubro de 1914, na Alemanha, fez refletir na noite da última sexta-feira, 18, o amor de nossos paroquianos pela Mãe Três Vezes Admirável de Schoenstatt. A noite festiva reservou aos fiéis presentes um momento de muita oração, louvor e peregrinação pelas ruas da cidade.


A Imagem Peregrina partiu da residência da juíza do andor, a Sra. Maria Lopes e Família, rumo à Igreja Matriz de Sant’Ana, onde solenemente foi celebrada a Santa Missa presidida pelo nosso Vigário Paroquial, Pe. Jorge Sousa.

Durante homilia, Pe. Jorge fez referência ao Evangelho de Lucas, Lc 10,1-9, que relata a missão dos setenta e dois discípulos enviados pelo Senhor para disseminar o Reino aos povos; além de destacar o gesto missionário de Maria Santíssima ao acolher o “Verbo Encarnado”, Jesus Cristo, que em sacrifício se ofereceu pela remissão dos nossos pecados.

“Estamos reunidos nesta noite de graça para celebrar a figura peregrina da Mãe de Deus que nos direciona constantemente ao Reino Celeste. É ela que adentra aos nossos lares trazendo seu Filho nos braços para habitar em nossas vidas e conduzir-nos à salvação. Os lares contemporâneos estão tão fragilizados, que a presença de Maria, consequentemente do Senhor, é cada vez mais indispensável para mantê-los firmes na fé. Maria é um referencial missionário que devemos tomá-lo como exemplo de vida consagrada. Jesus é o grande motivo para seguirmos fortalecidos na missão de anunciar o Seu Reino. É através do testemunho de Maria e dos Santos que conhecemos o Amor Misericordioso de Deus, que nos reveste e nos satisfaz plenamente.” Salientou o vigário.

Faltando exatamente 361 dias para o Centenário da Aliança de Amor em 2014, na ocasião festiva, a coordenadora paroquial do Movimento Mãe Rainha, a Sra. Ana Tereza, renovou a promessa e anunciou a juíza das festividades do Centenário da Mãe Peregrina de Schoenstatt em nossa comunidade paroquial, no próximo ano.

No término da celebração, uma belíssima homenagem foi proferida pela Professora Juçara Mota ao saudoso Zilde Souto Maior, em virtude do primeiro mês de seu falecimento, que comoveu fiéis e familiares presentes na celebração.


Por Bruno Araújo / Pastoral da Comunicação da Paróquia de Sant’Ana - http://matrizdesantana.blogspot.com.br/