terça-feira, 30 de dezembro de 2014

Trilhando um caminho de esperança

Compreender a solidariedade como principal agente transformador de uma sociedade desigual, excludente e desumana reforça o desejo de um ano mais justo e fraterno


Durante esta época do ano, é muito comum idealizarmos um futuro repleto de paz, felicidade, amor, saúde e, principalmente, prosperidade financeira. Somos incessantemente ludibriados pelos monopólios sociais contemporâneos, que nos impõem padrões de vida totalmente superficialistas, fundamentados na inverídica ideia de que os frutos do capitalismo são sinais plenos de felicidade e realização.

Atraídos cegamente pelo consumismo e suas práticas compulsórias, ignoramos a necessidade de cura e libertação interior, que nos aproxima do autêntico desejo de Deus para com a humanidade: “amai-vos uns aos outros”.

Quando nos preocupamos em satisfazer unicamente as nossas necessidades físicas, atraídos pelas propostas de um mundo ilusório, aderimos a uma vivência distante daquilo que realmente deveríamos exercer constantemente, a prática da partilha fraterna. O apego exagerado ao materialismo é sempre sinônimo de egoísmo, de injustiça, de desigualdade e de incapacidade de viver em comunhão.

“O desapego material faz as pessoas serem ricas diante de Deus, porque a vida do mundo passa e tudo fica por aí. A grande riqueza é a vida em todas as suas dimensões, na integridade e gratuidade diante da natureza e do Criador. A riqueza pode criar vazio, porque ela é passageira.” (Dom Paulo Mendes Peixoto)

Não é fácil experimentar “na pele” o mundo dos contrastes sociais. Mergulhar nos olhares profundos e penetrantes daqueles que se encontram marginalizados pela sociedade. Encarar uma realidade escassa, sujeita ao descaso e as formas precárias de subsistência; e mesmo assim serem detentores de uma felicidade imaculada.


Quanto custa a nossa felicidade? Roupas de marca? Veículos de luxo? Farras regadas a bebidas caras e drogas?

Enquanto esbanjamos compulsivamente, existem aqueles que sobrevivem dos bens que consumimos e descartamos, da roupa que julgamos surrada, dos brinquedos que nossos filhos simplesmente enjoam, do mobiliário fora de moda, dos alimentos impróprios para consumo, e de tudo o que classificamos como lixo.


Será que a nossa “felicidade” foi parar no lixo? Bem, certamente ela encontrou quem a reciclasse.

Um simples gesto solidário pode transformar uma realidade desigual, excludente e desumana. Feliz Ano Novo!


Por Bruno Araújo / Ação: Entrega de alimentos às famílias carentes das imediações do Lixão de Bom Jardim / Pastoral da Comunicação da Paróquia de Sant’Ana – http://matrizdesantana.blogspot.com.br/

domingo, 28 de dezembro de 2014

Evangelho Dominical: Sagrada Família

E quando se completaram os dias da purificação, levaram o menino a Jerusalém para apresentá-lo ao Senhor [...]. Para tanto, deviam oferecer em sacrifício um par de rolas ou dois pombinhos, como está escrito na Lei do Senhor. Ora, em Jerusalém vivia um homem piedoso e justo, chamado Simeão, que esperava a consolação de Israel. O Espírito do Senhor estava com ele. Pelo próprio Espírito Santo, ele teve uma revelação divina de que não morreria sem ver o Ungido do Senhor. Movido pelo Espírito, foi ao templo. [...] Simeão tomou-o nos braços e louvou a Deus, dizendo: "Agora, Senhor, segundo a tua promessa, deixas teu servo ir em paz, porque meus olhos viram a tua salvação, que preparaste diante de todos os povos: luz para iluminar as nações e glória de Israel, teu povo". O pai e a mãe ficavam admirados com aquilo que diziam do menino. Simeão os abençoou e disse a Maria, a mãe: "Este menino será causa de queda e de reerguimento para muitos em Israel. Ele será um sinal de contradição - uma espada traspassará a tua alma! - e assim serão revelados os pensamentos de muitos corações". Havia também uma profetisa, chamada Ana, filha de Fanuel, da tribo de Aser. Ela era de idade avançada. [...] Ana chegou e se pôs a louvar a Deus e a falar do menino a todos os que esperavam a libertação de Jerusalém. Depois de cumprirem tudo conforme a Lei do Senhor, eles voltaram para Nazaré, sua cidade, na Galileia. O menino foi crescendo, ficando forte e cheio de sabedoria. A graça de Deus estava com ele. Lc 2, 22-40


Maria e José creram no Senhor

No trecho do livro do Gênesis que lemos hoje, aparece, pela primeira vez na Escritura, a palavra "fé" (cf. v.6). É como se a descendência numerosa prometida a Abraão nascesse da fé em Deus. De fato, é crendo que se vê realizar o que Deus promete. É pela fé de Abraão que Israel existe como povo de Deus. Abraão será, por isso, conhecido como o pai dos que têm fé.

Maria e José creram no Senhor. Por isso, abriram mão de seus projetos pessoais para aderirem ao desígnio salvífico de Deus. Souberam viver, em cada etapa da vida, o desafio de compreender e acolher o mistério de Deus presente na vida de Jesus, que eles educaram e viram crescer. Lucas, neste e noutros relatos, parece não ter nenhuma preocupação com a exatidão histórica e cultural. Originalmente, os costumes da apresentação e purificação da mãe são distintos; Lucas parece confundi-los. A prescrição para a purificação da mulher que deu à luz encontra-se em Lv 12, 1ss. Lucas modifica Lv 12, 6 - não é só a mulher que deve ser purificada, mas "eles" (cf. Lc 2,22). A prescrição quanto à consagração ou apresentação do primogênito ao Senhor encontra-se em Ex 13, 1.11-12. O nosso relato se baseia em 1Sm 1,22-28. O Filho primogênito tinha que ser resgatado ao completar um mês do seu nascimento, mediante o pagamento de um ciclo de prata a um membro de uma família sacerdotal (Nm 3, 47-48; 18,5-16). Lucas omite toda a menção do resgate do primogênito e transforma a cerimônia numa simples apresentação do menino no Templo de Jerusalém. Seja como for, e sem nos atermos a todas as possibilidades de interpretação, parece-nos que a intenção do evangelista é fazer com que o Antigo Testamento, representado por Simeão e Ana, testemunhe a realização da promessa de Deus em Jesus (cf. Lc 2, 29-32). O Antigo Testamento chega à sua plenitude; inaugura-se uma nova etapa na história da salvação. A cada noite, com os olhos fixos no Senhor, a Igreja canta o nunc dimitis para proclamar o dom da salvação oferecida por Deus a toda humanidade. Jesus Cristo é a luz que ilumina todos os povos (cf. Jo 8, 12).

Pe. Carlos Alberto Contieri - Paulinas / Pastoral da Comunicação da Paróquia de Sant'Ana - http://matrizdesantana.blogspot.com.br/

sábado, 27 de dezembro de 2014

Os exemplos da Sagrada Família para sermos famílias sagradas

É certo que o Senhor destinou graças especiais aos membros da Sagrada Família, tanto de forma individual – Maria e Jesus nasceram sem a mancha do pecado original, José tinha o dom de ser informado, por Deus, sobre um acontecimento, por intermédio de sonhos – , como também de maneira coletiva, na composição do ambiente familiar – o cuidado da divina providência para com suas vidas e no âmbito material.

Contudo, engana-se quem pensa que, por terem esses favores do Pai, era mais fácil para Jesus, Maria e José terem uma vida exemplar de santidade, como se para desenvolverem a missão que o Altíssimo lhes havia confiado “uma ação divina os desobrigava de maiores esforços humanos, lhes diminuindo a exigência, fadiga ou iniciativa…algumas vezes lhes foi exigido serem canais de vigor e conforto para outros, foram contrariados e provados em seus planos e também em seus instintos humanos” (Trecho do livro “Maria, humana como nós”, pág 28 e 29). Jesus depois diz “a quem muito for dado, muito será exigido” (Lc 12, 48).

Estou dizendo tudo isso a você para mostrar que Deus também lhe deu dons naturais e sobrenaturais e que, para que sua família tenha êxito no amor, serão requisitados de sua parte esforço, lágrimas e, quem sabe, algumas decepções, mas é possível tornar sua família, seja lá como esta estiver, uma família sagrada.

Então, aí vão alguns pontos para começarmos a refletir sobre isso e a fazer a nossa parte, para que a nossa família seja um reflexo da Sagrada Família de Nazaré nos tempos de hoje.

- Introduzir a família em Deus

José e Maria eram engajados nos preceitos da lei, mas principalmente no amor ao Senhor, já antes de se conhecerem. Caso não tenha sido assim com vocês, é preciso iniciarem uma vida de oração e de intimidade com Deus. Se não for possível orar todos juntos, orem apenas marido e esposa, ou ore só você pelos seus, mas comece a fazer isso para nunca mais parar.

Deus dá a sabedoria e o discernimento em nosso agir e falar, então, uma hora conquistamos as pessoas para o Senhor por intermédio do nosso testemunho e amor.

- Nas crises, decidir pelo bem uns dos outros

Ao saber da gravidez de sua noiva, José deve ter imaginado que ela o tenha traído, e a lei dos judeus condenava à morte a mulher que assim procedesse. Entretanto, mesmo sentindo-se injustiçado, a intenção desse homem de Deus foi de garantir a vida da pessoa que ele amava e de uma criança inocente.
Que toda decisão, entre pais e filhos e entre esposos, mesmo os “nãos”, seja de amor e nunca por qualquer outra motivação.

- Confiança na Divina Providência

Os sonhos de São José, a visita de Maria à sua parenta Isabel, deixando tudo às vésperas do seu casamento, a fuga para o Egito no meio da noite, tudo isso nos deixa transparecer que a Sagrada Família era incondicionalmente abandonada aos cuidados da providência de Deus. Eles confiavam suas vidas ao Senhor no âmbito financeiro-material, social (não se importaram com o que diriam deles a respeito da gravidez) e ministerial.
Trabalhavam e muito, mas tinham em mente “não vos preocupeis por vossa vida, pelo que comereis, nem pelo vosso corpo, pelo que vestireis” (Mt 6, 25).

- União; lutar uns pelos outros

Quando Jesus se perdeu no templo, Maria e José voltam a Jerusalém juntos. Um não culpou o outro tentando encontrar um erro, mas ambos se uniram em prol da solução do problema.
Se um membro da sua família está se perdendo, é importante que toda a família se una em oração e ação para trazê-lo de volta.
Também é bonito ver quando todos concentram esforços para que um familiar estude e para promoverem os projetos uns dos outros. A família existe também para somarmos nossas forças.

- Ensine seu melhor para seus filhos

De José, Jesus herdou a profissão de carpinteiro, e de Nossa Senhora, experiências em trabalhos que Ele conheceu em sua própria casa: “o sal é bom. Mas se perde o seu sabor, com que há de salgar?” (Lc 14, 34). Veja ainda outras atividades que Ele atribui como trabalho de mulheres em Mateus 13,33 e Lucas 15,8. “A sociedade da época não permitia que o homem realizasse tais trabalhos, mas Jesus, no mínimo, observava bem Sua mãe” (Trecho do livro “Maria, humana como nós”, pág. 113). Isso é se Ele também não a ajudava!

Seus filhos precisam muito mais de sua presença e de seus ensinamentos de vida do que de bens ou itens de conforto material. Acredite!

E assim, inspirado nestes passos, que, neste fim de ano, no Dia da Sagrada Família, Jesus, Maria e José venham trazer o dom da alegria em sua casa. Uma alegria que não é fruto de risos ou da satisfação por presentes, mas da felicidade forjada na esperança. Que seu coração vislumbre para 2015 tudo aquilo que você e sua família podem ser. Tudo aquilo que é projeto do Pai para todos os seus.

Feliz Ano Novo!

Sandro Arquejada - Canção Nova / Pastoral da Comunicação da Paróquia de Sant'Ana - http://matrizdesantana.blogspot.com.br/

sexta-feira, 26 de dezembro de 2014

Confira na íntegra mensagem do Papa Francisco para o Natal

MENSAGEM
Mensagem de Natal do Papa Francisco e Benção Urbi et Orbi
Quinta-feira, 25 de dezembro de 2014

Boletim da Santa Sé

Queridos irmãos e irmãs, bom Natal!


Jesus, o Filho de Deus, o Salvador do mundo, nasceu para nós. Nasceu em Belém de uma virgem, dando cumprimento às profecias antigas. A virgem chama-se Maria; o seu esposo, José.

São as pessoas humildes, cheias de esperança na bondade de Deus, que acolhem Jesus e O reconhecem. Assim o Espírito Santo iluminou os pastores de Belém, que acorreram à gruta e adoraram o Menino. E mais tarde o Espírito guiou até ao templo de Jerusalém Simeão e Ana, humildes anciãos, e eles reconheceram em Jesus o Messias. «Meus olhos viram a salvação – exclama Simeão – que ofereceste a todos os povos» (Lc 2, 30-31).

Sim, irmãos, Jesus é a salvação para cada pessoa e para cada povo!

A Ele, Salvador do mundo, peço hoje que olhe para os nossos irmãos e irmãs do Iraque e da Síria que há tanto tempo sofrem os efeitos do conflito em curso e, juntamente com os membros de outros grupos étnicos e religiosos, padecem uma perseguição brutal. Que o Natal lhes dê esperança, como aos inúmeros desalojados, deslocados e refugiados, crianças, adultos e idosos, da Região e do mundo inteiro; mude a indiferença em proximidade e a rejeição em acolhimento, para que todos aqueles que agora estão na provação possam receber a ajuda humanitária necessária para sobreviver à rigidez do inverno, retornar aos seus países e viver com dignidade. Que o Senhor abra os corações à confiança e dê a sua paz a todo o Médio Oriente, a começar pela Terra abençoada do seu nascimento, sustentando os esforços daqueles que estão ativamente empenhados no diálogo entre Israelitas e Palestinianos.

Jesus, Salvador do mundo, olhe para quantos sofrem na Ucrânia e conceda àquela amada terra a graça de superar as tensões, vencer o ódio e a violência e embarcar um caminho novo de fraternidade e reconciliação.

Cristo Salvador dê paz à Nigéria, onde – mesmo nestas horas – mais sangue foi derramado e muitas pessoas se encontram injustamente subtraídas aos seus entes queridos e mantidas reféns ou massacradas. Invoco paz também para outras partes do continente africano. Penso de modo particular na Líbia, no Sudão do Sul, na República Centro-Africana e nas várias regiões da República Democrática do Congo; e peço a quantos têm responsabilidades políticas que se empenhem, através do diálogo, a superar os contrastes e construir uma convivência fraterna duradoura.

Jesus salve as inúmeras crianças vítimas de violência, feitas objeto de comércio ilícito e tráfico de pessoas, ou forçadas a tornar-se soldados; crianças, tantas crianças vítimas de abuso. Dê conforto às famílias das crianças que, na semana passada, foram assassinadas no Paquistão. Acompanhe todos os que sofrem pelas doenças, especialmente as vítimas da epidemia de Ebola, sobretudo na Libéria, Serra Leoa e Guiné. Ao mesmo tempo que do íntimo do coração agradeço àqueles que estão trabalhando corajosamente para assistir os doentes e os seus familiares, renovo um premente apelo a que sejam garantidas a assistência e as terapias necessárias.

Jesus Menino. Penso em todas as crianças assassinadas e maltratadas hoje, seja naquelas que o são antes de ver a luz, privadas do amor generoso dos seus pais e sepultadas no egoísmo duma cultura que não ama a vida; seja nas crianças desalojadas devido às guerras e perseguições, abusadas e exploradas sob os nossos olhos e o nosso silêncio cúmplice; seja ainda nas crianças massacradas nos bombardeamentos, inclusive onde o Filho de Deus nasceu. Ainda hoje o seu silêncio impotente grita sob a espada de tantos Herodes. Sobre o seu sangue, estende-se hoje a sombra dos Herodes do nosso tempo. Verdadeiramente há tantas lágrimas neste Natal que se juntam às lágrimas de Jesus Menino!

Queridos irmãos e irmãs, que hoje o Espírito Santo ilumine os nossos corações, para podermos reconhecer no Menino Jesus, nascido em Belém da Virgem Maria, a salvação oferecida por Deus a cada um de nós, a todo o ser humano e a todos os povos da terra. Que o poder de Cristo, que é libertação e serviço, se faça sentir a tantos corações que sofrem guerras, perseguições, escravidão. Que este poder divino tire, com a sua mansidão, a dureza dos corações de tantos homens e mulheres imersos no mundanismo e na indiferença, na globalização da indiferença. Que a sua força redentora transforme as armas em arados, a destruição em criatividade, o ódio em amor e ternura. Assim poderemos dizer com alegria: «Os nossos olhos viram a vossa salvação».

Com estes pensamentos, a todos bom Natal!

Pastoral da Comunicação da Paróquia de Sant'Ana - http://matrizdesantana.blogspot.com.br/

quinta-feira, 25 de dezembro de 2014

Nasceu o Salvador

Havia naquela região pastores que passavam a noite nos campos, tomando conta do rebanho. Um anjo do Senhor lhes apareceu, e [...] lhes disse: "Não tenhais medo! Eu vos anuncio uma grande alegria, que será também a de todo o povo: hoje, na cidade de Davi, nasceu para vós o Salvador, que é o Cristo Senhor! E isso vos servirá de sinal: encontrareis um recém-nascido, envolto em faixas e deitado numa manjedoura". De repente, juntou-se ao anjo uma multidão do exército celeste cantando a Deus: "Glória a Deus no mais alto dos céus, e na terra, paz aos que são do seu agrado!" Lc 2, 1-14

É o Natal do Senhor!

Oh! Noite em que a Luz quebrou o domínio das trevas! A Luz brilhou nas trevas! É o Natal do Senhor! Noite de alegria, pois nasceu o Salvador da humanidade. Ao contrário do nascimento de João que acontece em casa, em torno de parentes e vizinhos, Jesus nasce fora da sua cidade, numa estrebaria, rodeado somente de seus pais, Maria e José. Duas ideias convém hoje ressaltar, mais de cunho espiritual que exegético: a primeira delas é a observação do evangelista de que, chegados a Belém, não havia lugar na hospedaria em que Maria pudesse dar à luz o seu Filho. Uma gruta, provavelmente, que abrigava o rebanho dos pastores durante a noite e o defendia das intempéries do tempo, será o lugar do parto. Essa notícia visa despertar no leitor e no ouvinte do evangelho o desejo de tê-lo acolhido em sua própria casa. A segunda ideia é o anúncio cujo objeto é uma grande alegria: nasceu o Salvador. Considerados impuros, no tempo do Messias, por sua própria profissão, eles serão destinatários e portadores da alegria da salvação. É antecipada, aqui, a missão de Jesus: "o Filho do homem veio buscar e salvar o que estava perdido" (Lc 19, 10).

Pe. Contieri - Paulinas / Pastoral da Comunicação da Paróquia de Sant'Ana - http://matrizdesantana.blogspot.com.br/

quarta-feira, 24 de dezembro de 2014

Entrevista: Janaína Maria, mamãe de primeira viagem, fala sobre a experiência da maternidade e os desafios atuais a serem enfrentados pelas famílias cristãs

“Um presente de Deus, por intermédio de Nossa Senhora.”


A plenitude do sentido materno é resultante do amor incondicional oriundo de um dos chamados divinos mais significativos, o de ser mãe. A capacidade e o dom do gerar fazem da mulher instrumento imutável da concepção da vida humana, tornando-a portadora da esperança, da renovação e da perpetuação dos preceitos de Deus entre as gerações. Ser mãe, portanto, é ser uma mulher eternamente reverenciada pelo majestoso gesto de amor e abdicação própria em virtude da sua descendência. É aquela que, a partir de então, concebe e transmite para a eternidade uma mensagem de vida abundante, perpassando incorruptivelmente pelos desafios impostos pelo cotidiano de uma realidade nem sempre facilitadora.

Como Nossa Senhora, em seu sábio silêncio, o heroísmo materno está presente até mesmo nas pequenas ações do dia a dia. A dedicação diária é um exercício prático/contínuo da missão assumida pela mulher ao constituir uma família, Igreja Doméstica, comprometendo-se com a formação e direcionamento dos seus membros a uma vivência qualitativamente cristã.

A maternidade, dom especial de intenso contato afetivo, proporciona à mulher uma capacidade exclusiva de acolhimento do ser humano, configurando uma maior disposição ao cuidado e atenção as suas particularidades.

Quando Deus resolve se encarnar no ventre de uma mulher, Maria Santíssima, para se fazer homem e habitar entre nós, Ele coloca a mulher no papel de corredentora da humanidade, sendo também responsável pela sua obra criadora. Por isso, através da maternidade de Maria, encontramos todas as respostas plausíveis para o que significa ser mãe.

“Todas as vezes que a maternidade da mulher se repete na história humana sobre a terra, permanece sempre a aliança que Deus estabeleceu com o gênero humano mediante a maternidade da Mãe de Deus.” (Judith Dipp)

Para falar sobre a experiência da maternidade e os desafios atuais a serem enfrentados pela família cristã, recebemos a mamãe de primeira viagem, Janaína Maria dos Santos, para um bate-papo exclusivo no dia em que celebramos o Natal de Nosso Senhor Jesus Cristo.


Questionada sobre maternidade e temas pertinentes, Janaína Maria não hesitou em responder perguntas sobre aborto, vulgarização da mulher, educação infantil, família, dentre outros assuntos.

Confira na íntegra a entrevista com Janaína Maria:

Paróquia de Sant’Ana: Como é a sua vivência pastoral em nossa comunidade, e quais atividades missionárias você costuma exercer?

Janaína Maria: Comecei na Paróquia de Sant’Ana, aproximadamente há 7 anos, frequentando as missas aos domingos pela manhã, fazendo leituras. Logo após conheci o Grupo Línguas de Fogo e passei a frequentar também, onde aconteceram e acontecem diversas graças na minha vida. Conheci amigos de verdade. Hoje juntamente com esses amigos, faço parte da equipe de liturgia do sábado à noite.

Paróquia de Sant’Ana: Gerar uma criança é algo sublime. Que frase você definiria este momento impar em sua vida?

Janaína Maria: Um presente de Deus, por intermédio de Nossa Senhora.


Paróquia de Sant’Ana: Como/quando descobriu que estava grávida?

Janaína Maria: Assim como milhares de mulheres hoje em dia, eu fui diagnosticada, há 6 anos atrás, que tinha a Síndrome do Ovário Policístico, doença essa que impossibilita a mulher de ovular, e apenas com tratamento é possível engravidar. Quando descobri, fiquei com muito medo de também um dia não engravidar. Mas minha fé era maior que meu medo, e sempre em minhas humildes orações pedia a cura dos meus ovários a Deus e, devota de Nossa Senhora da Conceição, pedia a Ela para que um dia eu pudesse engravidar. Contudo, no dia 15 de agosto de 2014, fiz o exame Beta HCG e descobri que estava grávida. Engravidei sem tratamento e sem maiores complicações. Dia 15 de agosto é o dia da grávida e o dia da Assunção de Nossa Senhora. Interpretei que antes da Igreja celebrar esse fato na vida de Maria, ela me deu de presente meu filho, pois quando descobri eu já estava com 7 semanas de gravidez.


Paróquia de Sant’Ana: Para você, qual é o sentido da maternidade?

Janaína Maria: Ser mãe é uma dádiva de Deus. Um filho é uma joia que recebemos do Senhor para cuidar, amar, respeitar, educar... Dizer não quando for preciso, é apresentar Deus e Nossa Senhora a seu filho, é rezar juntos, é se alegrar e também chorar juntos.

Paróquia de Sant’Ana: Tendo em vista os diversos casos de violência, de qualquer natureza, que acometem os indivíduos em formação (crianças e jovens), qual o principal desafio ao educar uma criança no mundo contemporâneo?

Janaína Maria: Educar hoje implica em bater de frente com o mundo. Pois o que ensinamos aos nossos filhos, em relação aos princípios da fé, do amor, da união, da solidariedade, da integridade, o mundo tenta destruí-los, desconsiderando tudo o que aprendemos e queremos repassar para eles. Mas nunca devemos desistir da luta contra o mal, que tenta destruir as famílias. É com fé e perseverando na oração que, com as graças de Deus, venceremos.


Paróquia de Sant’Ana: Sendo ela constantemente alvo das transgressões humanas, qual a importância da família na composição social?

Janaína Maria: Família unida é a base para uma criação exemplar do filho, pois ele vai crescer vendo bons exemplos ao seu lado, vendo referências para sua vida.

Paróquia de Sant’Ana: Qual o sentido de gerar uma vida partindo de você?

Janaína Maria: Gerar uma vida é um presente, um milagre de Deus. Missão que assumimos com responsabilidade, mas uma responsabilidade boa de sentir. Pois amar, educar e cuidar faz parte dessa gestação. Estou dando todo o amor necessário, para que o meu filho sinta no meu ventre este zelo maternal.


Paróquia de Sant’Ana: Estando grávida, qual o sentimento primordial que rege a sua maternidade?

Janaína Maria: O amor, pois sempre sonhei com isto. Quando descobri que iria ser mãe, nossa! Meu coração quase saia pela boca, eu chorava e sorria simultaneamente. Sentimento esse que não se explica, apenas se sente.

Paróquia de Sant’Ana: Alguma dificuldade/provação existia/existe em sua vida, e com a chegada desta criança esta realidade mudará?

Janaína Maria: Muitas dificuldades e provações existiam, e meu filho fez por onde tudo se contornasse e melhorasse, para melhor senti-lo, amá-lo e concebê-lo.


Paróquia de Sant’Ana: Como mãe, mesmo que seja de primeira viagem, ao se deparar com crianças em situação de abandono, qual o seu sentimento?

Janaína Maria: Inconformidade! Desejo que cada um tenha um lar, uma família que os acolha. Desejo profundamente que todos sejam acolhidos com um abraço fraterno e um sorriso amoroso. Que sejam agasalhadas e alimentadas por famílias de coração cheio de amor para dar.

Paróquia de Sant’Ana: Qual a contribuição do testemunho exercido por Nossa Senhora, para uma vivência qualitativamente missionária dos fiéis?

Janaína Maria: Maria é sinal pleno das graças de Deus. É ela a quem sempre recorro nas minhas orações, pedindo sempre força e persistência na caminhada. Ela, juntamente com Seu Filho, Jesus Cristo, já realizaram diversas maravilhas na minha vida. E sei que muitas graças ainda estão por vir.


Paróquia de Sant’Ana: Ao viver em Cristo, como uma autêntica cristã, qual o testemunho que você oferece aos desanimados na fé?

Janaína Maria: Nunca percam a fé! Ore sempre para que Deus tire de você o coração de pedra e lhe dê um coração de carne, cheio do Espírito Santo, cheio do amor de Deus e de Maria. Minha gravidez foi um presente que Nosso Pai e Nossa Mãe Celestial me concederam. Mediante a minha fé, meus ovários foram curados, pois sempre acreditei que Eles me curariam.


Paróquia de Sant’Ana: Quais colocações você nos apresenta diante da vulgarização e promiscuidade da mulher, de um determinado ponto de vista, atualmente?

Janaína Maria: São pessoas que não tiveram a oportunidade de conhecer Maria como exemplo de vida e santidade. Conhecer, respeitar e obedecer a Palavra de Deus. Infelizmente, se apegam as coisas que o mundo oferece. Não tem, de fato, a coragem de renunciar as coisas do mundo e abrir seu coração para que Deus fale.

Paróquia de Sant’Ana: Qual o seu posicionamento sobre as práticas abortivas?

Janaína Maria: Aborto é a falta de amor ao próximo, a Deus e a si mesmo. É vaidade, egoísmo, irresponsabilidade e a falta de Deus no coração.


Paróquia de Sant’Ana: Deixe a sua mensagem e considerações finais aos nossos leitores.

Janaína Maria: Desejo a todos um Feliz Natal, repleto de alegria, saúde e muita paz. Que as famílias se reúnam e dividam entre si o que o Pai nos ensinou: o amor. Que todos sejam solidários com os que precisam, e sejam fiéis para com Cristo. Que em 2015 renovem sua fé, não se permitindo fraquejar na caminhada cristã. Que novos sonhos sejam realizados. Que Nossa Senhora e Papai do Céu abençoem e cuidem de todos. Amém!


Produção Geral e Finalização: Bruno Araújo / Pastoral da Comunicação da Paróquia de Sant’Ana – http://matrizdesantana.blogspot.com.br/

terça-feira, 23 de dezembro de 2014

Novena de Natal - 9º Dia

Introdução

Hoje é o dia da Noite Feliz. Amanhã é Natal. Chegamos ao fim da nossa preparação, é o momento da celebração. A Virgem dará à luz o Filho de Deus e Lhe porá o nome de Jesus. Hoje, é um dia de ação de graças, porque celebramos, nesta noite, o maior mistério da nossa fé, que é o fato de o Filho Unigênito de Deus Todo-poderoso e Eterno ter assumido nossa natureza humana e se feito um de nós. Hoje, celebramos o centro da história, Deus em meio a nós, dando-nos alegria e paz com Sua presença e Seu amor.

Nesta Noite Santa, quando os anjos cantam a fidelidade do Senhor que nasceu em Belém, que esse canto que ecoa na história encha de alegria e paz o coração de cada um de nós que estamos aqui, e que nossa família, nesta noite, sinta a presença de Deus em nosso meio.


Nono dia

Motivação:

:: Nesta noite de Natal, coloque o anjo; e, à meia noite, estando toda a família reunida, que o menor da casa, o avô e a avó, tragam em procissão a imagem do Menino Deus e o coloquem no presépio.

:: Que este momento seja de oração e recolhimento, onde cada um coloque sua própria vida nas mãos do Menino Deus, pedindo Suas graças e Sua bênção.

:: Hoje é o dia ideal para chamar aquela pessoa com quem você brigou, desentendeu-se ou com quem você tenha algum conflito para lhe desejar Feliz Natal. Ao fazer isso, que o amor seja maior que tudo o que foi vivido. Que hoje seja dia de alegria e paz!

Oração Inicial

:: Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém!

Maria, Virgem Grávida, Mulher de Deus, Virgem do ‘sim’ fecundo. Tu, que fecundaste ao Verbo de Deus e O levaste em teu seio durante nove meses, sentindo-O palpitar e crescer dentro de ti, experimentando Sua presença e sendo transformada por Ele.

Nestes dias que antecedem o nascimento de teu Filho, nós queremos acompanhar-te; queremos estar contigo para aprender de ti a levar a Deus no coração e deixarmo-nos transformar por Sua presença.

Maria, Virgem Grávida, pedimos-te que, ao acompanhar-te, sejas tu quem interceda por cada um de nós, para que possamos celebrar o Natal cheios da presença de teu Filho em nossa vida. Maria, Virgem Mãe, mulher da espera confiada, pede por nós para que, neste Natal, todos possamos ficar mais perto de seu Filho, e assim sermos capazes de recomeçar, de perdoar e ser perdoados, de voltar a amar e ser curados interiormente para celebrar e viver a vida de Deus em nós.

Maria, Virgem do ‘sim’ e da realização, Virgem Mãe do silêncio eloquente, ajuda-nos a celebrar este Natal, tendo seu Filho centro de nossa vida. Maria, pede por nós agora e sempre.

Que assim seja.

Leitura:

Aprofundar-se no Evangelho, ler a Palavra e deter-se nela. Ver os detalhes dos personagens. Fazer uma leitura gastando tempo para conhecê-la e escutar o Senhor.

Contemplação

É buscar apropriar-se do texto, não o olhar com expectador, mas ser participante da cena. Ter uma relação pessoal e direta com os personagens. Usar a imaginação para conhecê-los e aprofundar-se neles interiormente.

Oração: Senhor, é hoje a Noite Feliz. Hoje, todos estamos contentes. Há muito movimento, muitos preparativos, há ambiente de festa. Tanto os que creem em Ti quanto os que não creem hoje celebram o Natal. Em algumas casas nascerás, e em outras haverá apenas árvores com luzes, mas igualmente Tu estarás aí. Hoje, é Noite Feliz, e nós que cremos em Ti celebramos o Teu nascimento. Hoje, é um dia do qual não podemos nos esquecer, porque é a manifestação mais plena e eloquente de que Tu és um Deus amigo, alguém presente em nossa vida, que se interessa por nós, que nos ama com amor infinito, até querer ser um de nós. Hoje, é o dia por excelência, pois Tu vieste nos dar vida com Tua vida, com Teu nascimento nos devolveu a vida de Deus. Hoje, Senhor, celebramos Tua fidelidade e Teu amor sem limites, e é por isso que São João nos diz:

Tanto Deus amou o mundo, que nos enviou Seu próprio filho”. Sim, Senhor, hoje é a festa do amor e da fidelidade, é a Tua festa, porque Tu nos deste a vida vindo viver nossa vida.

Obrigado, Senhor!

Oração: Senhor, hoje a liturgia nos apresenta o canto de Zacarias, onde quer manifestar o que é o Teu amor, nos que mostrar como e de que maneira Tu atuas. Tu cumpres o que prometes e tudo faz por amor, para ti não conta a nossa infidelidade, mas que Tu continuas nos amando e sendo fiel, mesmo sem ser amado. Senhor, nesta Noite Santa, quando celebraremos o Natal, pedimos-Te que nos ajudes a valorizar o que é ter fé em Ti. Que nesta noite, cada um de nós possa renovar sua fé, e que não nos cansemos de Te agradecer, porque és um Deus formidável e excepcional, único, cheio de amor e ternura, alguém que faz até o impossível para demonstrar o quanto nos ama. Senhor, renova-nos em teu amor, enche-nos de alegria e gozo como Tua Mãe Santíssima, e que o canto dos anjos inunde os nossos corações e nos faça experimentar Tua paz e alegria. Senhor, que nesta noite possamos sentir a alegria do céu.

Que assim seja.

Oração Final

Menino Jesus, o Deus vivo e verdadeiro, o Todo-poderoso e eterno, que assumiu nossa natureza para se fazer um de nós, que quisestes compartilhar nossa vida para nos redimir. Tu que quisestes experimentar o calor de um abraço, a ternura de um beijo de uma mãe, os braços fortes de um pai, que quisestes ser cuidado por uma mãe. Não há Deus igual a Ti, que se empenhe em estar junto de nós. Tu és o Emanuel, o Deus conosco, que nascestes para dar a vida. Conceda-nos que, nesta Noite Santa, cada família sinta tua paz e tua alegria. Que sintamos o gozo que sentiram os pastores, que cada um tenha a paz de Tua Mãe, que todos experimentemos o gozo do céu que se sentiu na terra. Que, nesta Noite Santa, Tu, Menino Jesus, no dia de Teu aniversário, nos dê a Tua bênção e fique para sempre em nossa casa. Hoje e sempre, encha-nos de bênçãos.

Canção Nova / Pastoral da Comunicação da Paróquia de Sant'Ana - http://matrizdesantana.blogspot.com.br/

segunda-feira, 22 de dezembro de 2014

Novena de Natal - 8º Dia

Introdução

No oitavo dia de nossa preparação para o Natal, vésperas da Noite Feliz, a liturgia nos apresenta o nascimento de João Batista. É uma passagem que nos ajuda a ver a atitude de Zacarias e de Isabel, que buscam ser fiéis ao que o anjo lhes havia ordenado, dando ao filho o nome de João. Assim como Zacarias ficou mudo ante o anúncio do anjo, agora sua língua se solta para louvar e bendizer o Senhor.



Oitavo dia

Motivação:

:: Neste oitavo dia da novena de Natal, continue preparando o presépio. Depois de ter colocado a imagem de Maria, de José, dos pastores e dos animais, nesta oportunidade vamos colocar a estrela.

:: Que cada um deixe a própria vida nas mãos do Senhor, agradecendo-Lhe por tudo o que Ele fez por nós.

:: Fazer algum gesto concreto de sensibilidade e generosidade com alguma família que estará só, ou que faltará algum membro. Convidá-los para rezar amanhã ou para a Missa de Natal. Ser para eles presença.

Oração Inicial

:: Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém!

Maria, Virgem Grávida, Mulher de Deus, Virgem do ‘sim’ fecundo.

Tu que fecundaste ao Verbo de Deus e O levaste em teu seio durante nove meses, sentindo-O palpitar e crescer dentro de ti, experimentando Sua presença e sendo transformada por Ele.

Nestes dias que antecedem o nascimento de teu Filho, nós queremos acompanhar-te; queremos estar contigo para aprender de ti a levar a Deus no coração e nos deixarmos transformar por Sua presença.

Maria, Virgem Grávida, pedimos-te que, ao acompanhar-te, sejas tu quem interceda por cada um de nós, para que possamos celebrar o Natal cheios da presença de teu Filho em nossa vida. Maria, Virgem Mãe, mulher da espera confiada, pede por nós para que, neste Natal, todos possamos ficar mais perto de seu Filho, e assim sermos capazes de recomeçar, de perdoar e ser perdoados, de voltar a amar, e ser curados interiormente, para celebrar e viver a vida de Deus em nós.

Maria, Virgem do ‘sim’ e da realização, Virgem Mãe do silêncio eloquente, ajuda-nos a celebrar este Natal, tendo seu Filho como o centro de nossa vida. Maria, pede por nós agora e sempre.

Que assim seja.

Leitura: Lc 1,57-66

Aprofundar-se no Evangelho. Ler a Palavra e deter-se nela. Ver os detalhes dos personagens. Fazer uma leitura gastando tempo para conhecê-la escutando o Senhor.

Contemplação

É buscar apropriar-se do texto, não o olhar com expectador, mas ser participante da cena. Ter uma relação pessoal e direta com os personagens. Usar a imaginação para conhecê-los e aprofundá-los interiormente.

Oração: Senhor Jesus, vendo como Teu Pai atuou na vida de Zacarias e de Isabel, como lhes preparou um projeto de amor e como João foi a alegria deles, pensa-se no grande e maravilhoso mistério que é ter uma família, ter um pai e uma mãe, e poder dizer que temos um lugar. Senhor, vendo o amor que Tu manifestastes a Zacarias e Isabel, dando-lhes um filho, dou-Te graças por meu pai e minha mãe, pela generosidade deles em me dar a vida. Bendito seja o Senhor pelo amor dos meus pais, que é reflexo e manifestação do amor que Tu tens por mim. Obrigado, Senhor, porque me amaste por meio dos meus pais. Obrigado, porque minha mãe me quis e cuidou de mim dentro de si e depois me deu a luz. Obrigado pelo nome que tenho. Obrigado, porque tens o meu nome escrito na palma de Tuas mãos. Obrigado, Senhor, porque para ti eu sou único e irrepetível. Obrigado, Senhor, porque existo e posso Te louvar por ter me dado a vida, ter me dado um pai e uma mãe.

Que assim seja.

Oração: Senhor, vendo como Tu deste a graça a Zacarias e à Isabel para gerar uma vida, para serem pais em sua velhice, e como eles souberam responder ao convite que Tu lhes fizeste, peço-Te que abençoe cada pai e cada mãe de família. Que cada pai tenha a fortaleza que teve Zacarias, a fé e a entrega de José, a disposição e abertura de coração para ser em todo momento um instrumento teu, para que os filhos vejam nos pais um exemplo e testemunho. Encha também, Senhor, o coração de cada mulher que é mãe, para que com Tua ternura e Teu amor possam transmitir o amor que Tu nos tens. Faz Senhor, que nossos filhos encontrem a alegria e a felicidade na alegria de Teus filhos. Que cada família seja reflexo da Tua Família. Que em todas haja paz, amor, alegria e felicidade, como havia na Tua.

Que assim seja.

Oração Final

Senhor Jesus, estamos chegando ao fim de nossa novena, Tua festa está chegando, e isso nos enche de alegria, pois vemos que Tu, o Deus eterno e todo-poderoso, quiseste ter uma família, buscaste uma mulher para ser Tua mãe, tiveste José como pai e com eles formaste uma família. Foi onde aprendeste a arte de viver, onde recebeste carinho e afeto, onde sentiste o abraço de uma mãe, onde tiveste a mão firme de um pai, de quem aprendeste a dar valor à vida.

Senhor, nesta véspera da Noite Feliz, pedimos-Te que encha de bênçãos este lugar, que possamos sentir Tua presença em meio a nós, que Tu sejas o centro de nossa vida, nos inundando de amor e paz, que nos concedas a graça de nos querer cada vez mais, que cada dia nossa família cresça no amor, na compreensão, na entrega mútua, em interesse e preocupação com o outro. Senhor, Tu que tiveste uma família, abençoa a minha, encha-nos de graça para que cada dia Te imitemos mais e mais, e busquemos viver como vocês viveram. Senhor Jesus, abençoa-nos, e que amanhã, ao celebrar o Teu nascimento, sintamos-Te junto de nós e Tu nos encha de alegria e paz.

Canção Nova / Pastoral da Comunicação da Paróquia de Sant'Ana - http://matrizdesantana.blogspot.com.br/

domingo, 21 de dezembro de 2014

Novena de Natal - 7º Dia

Introdução

Neste sétimo dia da novena de Natal, a liturgia nos apresenta o canto do Magnificat, para nos ajudar a preparar para o nascimento do Senhor Jesus. A atitude de Maria com este canto é um programa de vida, um reconhecimento da presença e da ação de Deus em nossa vida.

Neste tríduo que antecede o Natal e o fim do ano, esta atitude de gratidão e reconhecimento deve ser o que caracteriza nossa relação com o Senhor e com os demais.


Sétimo dia

Motivação:

:: Neste sétimo dia da novena de Natal, continue preparando o presépio. Depois de ter colocado a imagem de Maria, de José, do estábulo, da manjedoura, dos pastores, colocar as ovelhas, demonstrando como cada um deve louvar e bendizer a Deus, desde o que tem e faz.

:: Que cada um faça uma oração, louvando e bendizendo ao Senhor pela própria vida, pela família, pelo trabalho, pela saúde, pelo que cada um tem e pelo que falta também.

:: Fazer algum gesto concreto de gratidão e agradecimento. Ser capaz de dizer aos que o rodeiam: “”obrigado por…” Fazer o mesmo na família. Expressar a gratidão com um abraço, um gesto, uma ligação; ser capaz de dizer ““obrigado””.

Oração Inicial

:: Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém!

Maria, Virgem Grávida, Mulher de Deus, Virgem do ‘sim’ fecundo. Tu que fecundaste ao Verbo de Deus e o levaste em teu seio durante nove meses, sentindo-O palpitar e crescer dentro de ti, experimentando Sua presença e sendo transformada por Ele.

Nestes dias que antecedem o nascimento de teu Filho, nós queremos acompanhar-te; queremos estar contigo para aprender de ti a levar Deus no coração e nos deixarmos transformar por Sua presença.

Maria, Virgem Grávida, pedimos-te que, ao acompanhar-te, sejas tu quem interceda por cada um de nós, para que possamos celebrar o Natal cheios da presença de teu Filho em nossa vida. Maria, Virgem Mãe, mulher da espera confiada, pede por nós para que, neste Natal, todos possamos ficar mais perto de seu Filho, e assim sermos capazes de recomeçar, de perdoar e ser perdoados, de voltar a amar, e ser curados interiormente, para celebrar e viver a vida de Deus em nós.

Maria, Virgem do ‘sim’ e da realização, Virgem Mãe do silêncio eloquente, ajuda-nos a celebrar este Natal, tendo seu Filho como o centro de nossa vida. Maria, pede por nós, agora e sempre.

Que assim seja.

Leitura: Lc 1, 46-56

Aprofundar-se no Evangelho. Ler a Palavra e deter-se nela. Ver os detalhes dos personagens. Fazer uma leitura gastando tempo para conhecê-la, escutando o Senhor.

Contemplação

É buscar apropriar-se do texto, não olhá-lo com expectador, mas ser participante da cena. Ter uma relação pessoal e direta com os personagens. Usar a imaginação para conhecê-los e aprofundá-los interiormente.

Oração: Obrigado, Maria, por ser sensível à manifestação do Senhor em tua vida. Graças por reconhecer o que és e por dar ao Senhor o lugar que Lhe corresponde em tua vida. Obrigado por dizer que o Senhor foi quem fez em ti maravilhas. Obrigado por deixar que Ele fizesse em ti o que fez. Obrigado por confiar e crer n’Ele. Obrigado por mostrar-nos como o Senhor atua e tem atuado na história, como está do lado dos que n’Ele confiam, e como se enfrenta o soberbos e orgulhosos, os egoístas e os prepotentes. Obrigado por dar-nos a confiança de que o Senhor levanta os humildes e os famintos. Maria, intercede por nós para que possamos fazer como tu fizeste, para ter os sentimentos que tu tivestes, para deixarmo-nos conduzir e ser cheios do Senhor como tu foste.

Que assim seja.

Oração: Senhor Jesus, Tua mãe soube reconhecer e manifestar Tua presença nela e na história, e por ter tido a sensibilidade de nos relatar como Tu atuas, o que Te agradas, quem são os Teus privilegiados. Senhor, faz com que aprendamos dela a reconhecer a Tua presença em nosso dia a dia, que possamos descobrir-Te em cada acontecimento, e sabendo como és, como ages, o que gostas, saibamos confiar e esperar em Ti, Senhor, assim como Tua mãe, que reconheceu tudo o que o Pai fez nela. E que, da mesma maneira, possa atuar e saber que sem Ti não sou nada, e que és Tu quem faz tudo em mim.

Que assim seja.

Oração Final

Menino Jesus, assim como Tua Mãe, vimos a ti para Lhe agradecer e bendizer-Te por tudo o que fazes em nós e por nós. Agradecemos-Te e bendizemos, porque quisestes nos redimir a partir de nossa própria natureza, porque se fizeste um de nós, sendo Tu em tudo semelhante a nós, menos no pecado, porque, assumindo nossa vida, nos deste vida com Tua vida.

Damos-Te graças e Te bendizemos, porque com Teu nascimento dignificaste nossa natureza, nos mostrastes o quanto é sagrada a vida, porque dignificastes a mulher, nascendo Tu mesmo de Maria Virgem. Glorificamos-Te, porque, com Teu nascimento, nos dás fortaleza e alegria, nos enche de gozo e consolo, nos faz renascer na esperança, nos mostras que Tu estás conosco. Bendito e louvado sejas, porque és o Deus que vive e nos dá a vida, que nos conheces por dentro e que nos enche de amor. Bendito e louvado sejas por Teu nascimento e por Tua vida e redenção. Bendito e louvado sejas hoje e sempre!

Canção Nova / Pastoral da Comunicação da Paróquia de Sant'Ana - http://matrizdesantana.blogspot.com.br/

Evangelho Dominical: Eis aqui a serva do Senhor!

O anjo entrou onde ela estava e disse: “Alegra-te, cheia de graça! O Senhor está contigo! [...] Encontraste graça junto a Deus. Conceberás e darás à luz um filho, e lhe porás o nome de Jesus. Ele será grande; será chamado Filho do Altíssimo, e o Senhor Deus lhe dará o trono de Davi, seu pai. Ele reinará para sempre sobre a descendência de Jacó, e o seu reino não terá fim. [...] O Espírito Santo descerá sobre ti, e o poder do Altíssimo te cobrirá com a sua sombra. Por isso, aquele que vai nascer será chamado santo, Filho de Deus”. [...] Maria disse: “Eis aqui a serva do Senhor! Faça-se em mim segundo a tua palavra”. E o anjo retirou-se. Lc 1, 26-38

Maria experimenta Deus vivendo nela

Davi queria construir um templo para abrigar a arca da Aliança. Através da arca, que continha as tábuas da Lei, o povo experimentava a presença de Deus. Sobre a sua intenção de construir referido templo, ele consulta o profeta Natã, o mesmo que denunciou o grave pecado do rei. No entanto, a resposta de Natã a Davi não agradou a Deus: “realiza o projeto que tens no coração”. Deus faz Natã voltar atrás e comunicar a Davi o que Ele deseja. Deus não é prisioneiro de nossos projetos nem tampouco de nossos caprichos. Davi invertia a ordem das coisas: não era ele o benfeitor de Deus, mas Deus quem era o benfeitor de Davi. O mal de Davi era a sua vaidade. Se Deus, à época, rejeita para si um santuário, é porque o seu Filho, encarnado para a salvação de toda a humanidade, será o lugar de sua habitação.

Na tradição da Igreja, a “arca da Aliança” é Maria, pois ela carregou no seu próprio seio a Palavra encarnada do Pai. Se Maria é a arca, Jesus é, como dissemos acima, o “Templo” no qual Deus habita e é encontrado. Nesse “Templo” não há o véu que esconde o rosto de Deus, pois Ele é a imagem do Deus invisível (Cl 1,15). Estando diante dele, se está diante de Deus (cf. Jo 14,9). O texto do anúncio do anjo a Maria é surpreendente. É Deus quem toma a iniciativa de vir ao encontro do ser humano para fazê-lo participar da obra do seu amor. O relato, tomado no seu conjunto, mostra que Deus vai manifestando e fazendo compreender o seu projeto de amor num diálogo permanente com o ser humano. É em nossa história pessoal que Deus trava um diálogo conosco, como fez com Maria, para nos dar a possibilidade de participar de sua própria vida. Gerando, segundo a carne, o Filho de Deus, Maria experimenta Deus vivendo nela, e ela se experimenta participando da vida divina. No dinamismo da encarnação, em que a criação chega à sua plenitude, Deus quis contar com o ser humano. Nem a esterilidade de Isabel nem tampouco a virgindade de Maria foram impedimentos para que Deus cumprisse a sua palavra. A liberdade do ser humano poderia ter sido um impedimento. No entanto, em Maria, ícone da Igreja, Deus encontra o “sim”, a adesão humana necessária para que o seu Verbo tivesse uma existência histórica, como membro de um povo.

Pe. Contieri - Paulinas / Pastoral da Comunicação da Paróquia de Sant'Ana - http://matrizdesantana.blogspot.com.br/

sábado, 20 de dezembro de 2014

Novena de Natal - 6º Dia

Introdução

Neste sexto dia da nossa novena de Natal, o Evangelho de Lucas nos relata a visitação a Isabel. Maria parte apressadamente, sem demora, ao encontro de sua prima que necessitava de ajuda. A disponibilidade e o desprendimento da Virgem Maria são as atitudes que a Igreja nos propõe para meditar neste dia.

Voltemos nosso olhar para a atitude de Maria para vermos como estamos vivendo com aqueles que estão ao nosso lado.


Sexto dia

Motivação:

:: Neste sexto dia da novena de Natal, seguir preparando o presépio. Depois de ter colocado a imagem de Maria, de José, o estábulo, o berço, a vaca e o burro, colocar agora os pastores, manifestando como eram as pessoas sensíveis e humildes que acompanharam o Senhor em seu nascimento.

:: Que cada um coloque sua vida e a vida de toda família nas mãos do Menino Deus, para que Ele nos encha de Suas bênçãos e graças.

:: Faça algum gesto ou atitude de sensibilidade e solidariedade. Vá ao encontro das pessoas que sabemos necessitar de alguma ajuda, seja material ou espiritual. Sem que nos peçam, ofereçamos nossa presença e nossa solidariedade.

Oração Inicial

:: Sinal da Cruz

Maria, Virgem Grávida, Mulher de Deus, Virgem do ‘sim’ fecundo.

Tu que fecundaste ao Verbo de Deus e O levaste em teu seio durante nove meses, sentindo-o palpitar e crescer dentro de ti, experimentando Sua presença e sendo transformada por Ele.

Nestes dias que antecedem o nascimento de teu Filho, nós queremos acompanhar-te; queremos estar contigo para aprender de ti a levar Deus no coração e deixarmo-nos transformar por Sua presença.

Maria, Virgem Grávida, nós te pedimos que, ao acompanhar-te, sejas tu quem interceda por cada um de nós, para que possamos celebrar o Natal cheios da presença de teu Filho em nossa vida. Maria, Virgem Mãe, mulher da espera confiada, pede por nós para que, neste Natal, todos possamos ficar mais perto de seu Filho, e assim sermos capazes de recomeçar, de perdoar e ser perdoados, de voltar a amar, e ser curados interiormente, para celebrar e viver a vida de Deus em nós.

Maria, Virgem do ‘sim’ e da realização, Virgem Mãe do silêncio eloquente, ajuda-no a celebrar este Natal, tendo seu Filho centro de nossa vida. Maria, pede por nós agora e sempre.

Que assim seja.

Leitura: Lucas 01, 39-45

Aprofunde-se no Evangelho. Leia a Palavra e detenha-se nela. Veja os detalhes dos personagens. Faça uma leitura, gaste tempo para conhecê-la e escute o Senhor. Veja a atitude de Maria e de Isabel, o que fazem, o que dizem, como se relacionam.

Contemplação

É buscar apropriar-se do texto, não olhá-lo com expectador, mas ser participante da cena. Ter uma relação pessoal e direta com os personagens. Usar a imaginação para conhecê-los e aprofundá-los interiormente.

Oração: Maria, minha mãe, agradeço-te por teu testemunho, por teu exemplo, por tua prontidão e disponibilidade em estar atenta às necessidades de quem necessitava da tua ajuda. Agradeço por tua atitude de serviço e entrega, porque não duvidaste nem demoraste a se fazer presente. Agradeço por ter sido capaz de se desinstalar para ser sensível e solidária com Isabel. Maria, tu que sabias estar junto a quem necessitava de tua presença, tu que nos mostra como viver a vida, vem nos acompanhar nestes dias que nos preparamos para o nascimento de teu Filho. Vem, Virgem Santa, ajudar-nos a colocar nosso coração para receber teu Filho.

Que assim seja.

Oração: Menino Jesus, quando tua Mãe chegou na casa de Isabel, João saltou de alegria em seu ventre e ela fez uma profissão de fé reconhecendo que era você quem a visitava, chamou sua mãe de ‘A Mãe do meu Senhor’. Agora, também nós queremos te dar um espaço em nossa vida, pretendemos que você venha e que tenhas um lugar especial. Por isso Senhor, pedimos-te que nos ajude a tomar consciência do significado de teu nascimento, da grandeza desse acontecimento. Ajuda-nos a valorizar Teu gesto de amor e que, este Natal, seja um tempo de profundo reconhecimento e ação de graças por tudo o que significa e o Senhor nasça em nosso meio. Dê-nos de presente a graça de valorizar e reconhecer Teu gesto salvador nascendo de mulher e sendo um de nós. Ajuda-nos para que neste Natal, o Senhor seja o centro de nossa celebração.

Que assim seja.

Oração Final

Maria, Virgem Mãe de nosso Senhor, levou o Deus da vida em tuas entranhas e Lhe deu vida humana. Sendo a Mãe de Deus, tu sabes ser serviçal e atenta às necessidades de tua prima Isabel, por isso, ajuda-nos a saber, ver e ser sensíveis às necessidades dos que nos rodeiam, a sermos capazes de renunciar a nós mesmos e ir ao encontro dos demais. Ajuda-nos a sermos generosos em nosso tempo e com nossos bens para ajudar aos que necessitam, para que, como a Senhora, estejamos disponíveis e abertos para nos dar aos demais. Maria, Virgem Mãe, que saiamos apressadamente sem demora, prontamente, ao encontro dos que necessitam de nossa ajuda. Maria, que levemos Jesus e sejamos mensageiros da alegria e da paz, consolo e fortaleza, ajuda e solidariedade, para que, neste Natal, muitos possam reconhecer o teu Filho como Deus e Senhor, e que você seja hoje e sempre: “ a Mãe de nosso Senhor” e nossa Mãe.

Canção Nova / Pastoral da Comunicação da Paróquia de Sant'Ana - http://matrizdesantana.blogspot.com.br/