sexta-feira, 29 de dezembro de 2017

260 Anos da Paróquia de Sant’Ana

Foi na metade do século XVIII que tudo começou, quando um colonizador português mandou edificar uma capela dedicada a sua santa de devoção, a Senhora Sant’Ana, após receber do Donatário de Itamaracá, Pero Vaz de Souza, uma sesmaria. O sentimento religioso impulsionou o rico fazendeiro a contratar um sacerdote para dar assistência religiosa aos poucos moradores do lugar.


Só em 1757, que a solicitação foi atendida pelo Regente Eclesiástico de Olinda, Dom Frei Luiz de Santa Tereza, sendo enviado ao lugarejo o Vigário José Inácio Teixeira, aos 24 dias do mês de novembro do mesmo ano, formando, por Ato da Mesa da Consciência e Ordens, a Freguesia ou Curato de Sant’Ana, bem como a Paróquia, que recebera o mesmo nome.

O Cura José Inácio Teixeira, encantou-se com a paisagem, classificando o local como majestoso, cercado por “árvores de ouro”, referindo-se às flores amarelas dos paus-d’arco (ipês), dando origem ao nome do futuro município com a seguinte frase: “Este sim é um bom jardim! Sítio que possui árvores de ouro, que os outros sítios não possuem. Será este lugar, de hoje por diante, chamado de Bom Jardim!”.

A partir desta conotação, a cidade de Bom Jardim começara a desenvolver-se em torno da Capela de Sant’Ana, construída à moda europeia, em cima de um monte, favorecendo o surgimento das primeiras casas da vila, organizadas em forma de quadrado, com uma população de quinhentos habitantes.

Pelos fins do XVIII, o lugarejo ficara conhecido em todo o Agreste de Pernambuco, uma vez que o local onde estava instalada a capela, próxima à fazenda do Sesmeiro do lugar, tornara-se o ponto de referência da mais bela e hospitaleira acrópole da Capitania de Pernambuco, que comercializava algodão entre os tropeiros do Sertão da Paraíba com os Mascates do Recife.

O desenvolvimento do povoado está ligado intrinsecamente com a fundação da capela, cuja religião católica fora responsável pelo processo de colonização da futura Instância, que crescia progressivamente em torno do templo religioso dedicado à Sant’Ana, que se tornou padroeira da comunidade.

Com a transição do século XVIII para o XIX, vários fatores levaram a solidificar a história local. Bom Jardim recebera os Foros de Distrito, no ano de 1800, estabelecendo sua autonomia como um povoado aguerrido em busca de sua distinção política, alcançada no ano de 1871, através da Carta Magna de Emancipação, outorgada pelo Governo do Império do Brasil.

Esse fator impulsionou, ainda mais, o desenvolvimento do município, atraindo a Companhia italiana da Ordem dos Frades Menores Capuchinhos, dirigida pelo Frei Cassiano de Comacchio, que, em 1874, juntamente com o Frei Caetano de Messina e a população local, deu início a ampliação da Igreja Matriz de Sant’Ana, então pequena para abrigar uma população que crescia consideravelmente.

A reforma da igreja veio a ser concluída no ano de 1876, trazendo uma construção imponente, em estilo toscano, fachada voltada para o poente medindo 44 metros de comprimento por 20 de largura, duas torres, telhado elevado, coro sobre a entrada, corredores e altares laterais; sem exceções a outros exemplos coloniais: nave única e capela-mor profunda.

Os adornos dos altares foram inspirados na concepção clássica italiana. Foram entalhados santos em madeira com detalhes (nas vestes) em ouro, com exceção das imagens dos Santos Apóstolos Pedro e Paulo, esculpidas em pedra sabão e tamanho natural, com o objetivo de ocupar os altares externos, ao lado da porta central da igreja. Além disso, grandiosas pinturas orgânicas, painéis e peças em mármore português compõem e embelezam aquilo que é considerado como um dos principais patrimônios do povo bonjardinense.

terça-feira, 26 de dezembro de 2017

Tríduo e exposição marcam comemoração do aniversário de 260 anos de criação da Paróquia de Sant’Ana, em Bom Jardim

No período de 26 a 29 de dezembro de 2017, a Paróquia de Sant’Ana, da cidade de Bom Jardim, no Agreste pernambucano, realizará o tríduo preparatório para a comemoração do seu 260º aniversário de fundação. Nesses quatro dias, os fiéis e visitantes poderão desfrutar de uma programação diversificada, que conta com Missas, na Igreja Matriz de Sant’Ana, sempre a partir das 19h00, apresentações culturais e visitação à Exposição “Origens, 260 Anos da Paróquia de Sant’Ana”, no Centro de Pastoral Cônego Antonio Gonçalves, das 08h00 às 12h00.


Como marco comemorativo do aniversário de 260 anos de criação da Paróquia de Sant’Ana, foi elaboração de um brasão e uma bandeira, que expressassem as características principais da fé de um povo, que, há mais de dois séculos, caminha sob as bênçãos e proteção de Sant’Ana, mãe de Nossa Senhora e avó de Jesus.


Foi na metade do século XVIII que tudo começou, quando um colonizador português mandou edificar uma capela dedicada a sua santa de devoção, a Senhora Sant’Ana, após receber do Donatário de Itamaracá, Pero Vaz de Souza, uma sesmaria. O sentimento religioso impulsionou o rico fazendeiro a contratar um sacerdote para dar assistência religiosa aos poucos moradores do lugar. Só em 1757, que a solicitação foi atendida pelo Regente Eclesiástico de Olinda, Dom Frei Luiz de Santa Tereza, sendo enviado ao lugarejo o Vigário José Inácio Teixeira, aos 24 dias do mês de novembro do mesmo ano, formando, por Ato da Mesa da Consciência e Ordens, a Freguesia ou Curato de Sant’Ana, bem como a Paróquia, que recebera o mesmo nome.

A programação se estenderá até a próxima sexta-feira, dia 29 de dezembro, com a Celebração Eucarística em ação de graças pelos 260 anos de criação da Paróquia de Sant’Ana, às 19h00, na Igreja Matriz de Sant’Ana, presidida pelo Bispo Diocesano, Dom Francisco de Assis Dantas de Lucena.

sexta-feira, 22 de dezembro de 2017

O motivo que nos faz celebrar o Natal

“O povo que andava nas trevas viu uma grande luz” (Isaías 9,1). Esse fato narrado pela Palavra de Deus aconteceu há mais de dois mil anos, no entanto, atualiza-se todos os dias. É Ele o motivo que nos faz celebrar o Natal, pois uma Luz brilhou em meio às trevas!


Há um clima diferente no ar, votos de felicidade, mãos estendidas, confraternizações e brilhos estão por todos os lados! Nas ruas, casas e lojas, por onde quer que andemos, as luzes piscam entre cores e formas, convidando-nos à celebração. Elas iluminam e encantam, trazem um colorido especial às realidades que, durante o ano, foram se tornando comuns e opacas pela rotina do dia a dia. As roupas e os adereços também ganham destaque nesta época; afinal, a moda no Natal é brilhar!

O que celebramos no Natal?

Somos envolvidos pela correria do comércio. Os presentes, as viagens e tantas outras realidades próprias do fim de ano fazem-nos viver um tempo diferente. Mas será que estamos mesmo celebrando o Natal? Ou seja, será que estamos celebrando o nascimento de Jesus, o Deus que se fez Menino, nascido da Virgem Maria, que veio habitar em meio a nós?

Ele é a verdadeira Luz que brilhou para o povo que andava nas trevas. Ele veio para nos salvar e fazer de nós participantes da Sua vida divina. Trouxe-nos a grande e esperada libertação; por isso celebramos Seu nascimento! Mas será que em nossos dias, tão agitados e interativos, temos tido tempo para tomarmos consciência dessa verdade?

Penso que, celebrar o Natal sem nos deixar envolver pela ternura do amor de Deus, expresso no nascimento de Cristo, é como participar de uma festa sem conhecer os anfitriões e nem o motivo da comemoração. Você está presente, come, bebe, admira a decoração, observa os convidados, mas não tem porque se alegrar, vive tudo de maneira superficial, indiferente. E tenho certeza que não é isso que Deus espera de nós justo na festa do Seu nascimento.

Lugar que Deus escolheu para nascer

Precisamos recordar com urgência o motivo da celebração do Natal, e nos prepararmos com dignidade para esta festa, sem nos deixarmos levar pelo clima externo do consumismo.

Mesmo que isso seja um grande desafio em nossos dias, é preciso fazermos nossa parte como cristãos! Aquela Luz que brilhou na Terra, há mais dois mil anos, é Jesus, a mesma Luz que deseja, hoje, iluminar nossa vida, dissipando toda espécie de trevas que o pecado nos incutiu.

Lembremo-nos de que, nosso coração é o lugar que Deus escolheu para nascer, pois somos únicos diante d’Ele. No entanto, como Pai amoroso que é, o Senhor continua a respeitar nossa liberdade e espera darmos o primeiro passo na direção certa, para que Sua luz entre em nossa vida.

É preciso abrir o coração para Cristo iluminar

Sem abertura de coração, a luz de Cristo não pode iluminar nossa vida! Ou seja: sem nos decidirmos a amar, perdoar, a sermos justos e dedicados, bondosos, alegres e pacíficos, não há como celebrarmos o nascimento de Deus em nós. Sendo assim, o Natal passa a ser mais uma festa sem sentido. Não basta presépios, Missa do Galo, troca de presentes e ceias fartas para o Natal acontecer, é preciso tomar a decisão de uma vida nova, pautada nos ensinamentos de Cristo, que nos conduzem às atitudes concretas e coerentes, à vivência da fé durante todos os dias do ano.

“O povo que andava nas trevas viu uma grande luz” (Isaías 9,1). Ainda hoje existem muitos que caminham nas trevas do pecado, e Jesus deseja iluminá-los por meio de nós. Tenhamos a coragem de testemunhar o amor de Deus, a partir dos pequenos acontecimentos e das escolhas do nosso dia a dia. É esse o tempo favorável para uma vida nova! A luz brilhou em meio às trevas, veio reacender a esperança e nos dar a certeza de que, já não estamos sozinhos. Deus está conosco, Ele é o Emanuel! Sua luz nos contagia e aquece, por isso, abramos nossos corações e tenhamos a coragem de sermos faróis no mundo, levando, com a nossa vida, a luz que é Cristo, aos corações sedentos de amor e paz. Assim, celebraremos o Natal, a festa verdadeira da Luz!

domingo, 17 de dezembro de 2017

3º Domingo do Advento

Surgiu um homem enviado por Deus; seu nome era João. Ele veio como testemunha, para dar testemunho da luz, para que todos chegassem à fé por meio dele. Ele não era a luz, mas veio para dar testemunho da luz. Este foi o testemunho de João, quando os judeus enviaram de Jerusalém sacerdotes e levitas para perguntar: “Quem és tu?”. João confessou e não negou. Confessou: “Eu não sou o Messias”. Eles perguntaram: “Quem és, então? És tu Elias?” João respondeu: “Não sou”. Eles perguntaram: “És o Profeta?” Ele respondeu: “Não”. Perguntaram então: “Quem és, afinal? Temos que levar uma resposta para aqueles que nos enviaram. O que dizes de ti mesmo?”. João declarou: “Eu sou a voz que grita no deserto: ‘Aplainai o caminho do Senhor’” — conforme disse o profeta Isaías. Ora, os que tinham sido enviados pertenciam aos fariseus e perguntaram: “Por que então andas batizando, se não és o Messias, nem Elias, nem o Profeta?”. João respondeu: “Eu batizo com água; mas no meio de vós está aquele que vós não conheceis, e que vem depois de mim. Eu não mereço desamarrar a correia de suas sandálias”. Isso aconteceu em Betânia, além do Jordão, onde João estava batizando. (Jo 1,6-8.19-28)


A nossa voz deve apontar Deus para o próximo

Vamos, hoje, ao encontro de João Batista, que está preparando os caminhos do Senhor. Precisamos preparar os caminhos do Senhor, porque são por esses caminhos que Ele passará, que Ele virá ao nosso encontro e O levaremos ao encontro de tantas pessoas. Abrimos caminhos para tantas coisas ruins passarem e chegarem até nós. Precisamos ser como João: “voz” e preparadores da estrada, aquele que abre as estradas. Alguém diz assim: “Quando as estradas estão chegando, o progresso está a caminho”, quando nós abrimos as estradas, Deus está a caminho, Ele quem está vindo. A primeira estrada que Deus passa é o coração de cada um de nós, é o lugar da passagem, o lugar de onde Ele vem, local em que Ele vive e habita. Precisamos preparar o ambiente. Eu fico olhando para todos os lugares neste tempo, e os ambientes estão sendo preparados: as luzes estão se acendendo, o brilho e tantas outras coisas mostram que é Natal. Mas, na verdade, a estrada não é essa, o caminho não é esse. Talvez tenhamos arrumado ou estamos arrumando a nossa casa, estamos trocando a pintura, os móveis, os enfeites; estamos fazendo tantas coisas, aquilo que é o costume, e cada um faz conforme achar melhor. Entretanto, esse não é o caminho que nos abre a passagem para o Senhor. O caminho que abre a nós a passagem para o Senhor, é o caminho mudado e renovado. Aquilo que está no exterior precisa ser a expressão daquilo que está em nós. Não adianta tantas luzes acesas se o coração está apagado; não adianta tantas luzes brilhando, se não brilha a nossa caridade, os nossos gestos, as nossas atitudes. A nossa voz deve ser a voz que aponta Deus para os outros. Não podemos usar a nossa voz para ser instrumento do mal e nem para amaldiçoar os outros; a nossa voz precisa ser como a voz do Senhor, a Palavra de Deus ressoa e chega aos homens. Vamos aplainar os caminhos, abrir as estradas, vamos abrir as portas do coração, da casa, da vida de cada um de nós para que, as pessoas possam encontrar o Messias, como encontraram através da pregação, da vida e no exemplo de João.

terça-feira, 12 de dezembro de 2017

Nossa Senhora de Guadalupe - Padroeira de toda a América

Num sábado, no ano de 1531, a Virgem Santíssima apareceu a um indígena que, de seu lugarejo, caminhava para a cidade do México a fim de participar da catequese e da Santa Missa enquanto estava na colina de Tepeyac, perto da capital. Este índio convertido chamava-se Juan Diego (canonizado pelo Papa João Paulo II em 2002).


Nossa Senhora disse então a Juan Diego que fosse até o bispo e lhe pedisse que naquele lugar fosse construído um santuário para a honra e glória de Deus.

O bispo local, usando de prudência, pediu um sinal da Virgem ao indígena que, somente na terceira aparição, foi concedido. Isso ocorreu quando Juan Diego buscava um sacerdote para o tio doente: “Escute, meu filho, não há nada que temer, não fique preocupado nem assustado; não tema esta doença, nem outro qualquer dissabor ou aflição. Não estou eu aqui, a seu lado? Eu sou a sua Mãe dadivosa. Acaso não o escolhi para mim e o tomei aos meus cuidados? Que deseja mais do que isto? Não permita que nada o aflija e o perturbe. Quanto à doença do seu tio, ela não é mortal. Eu lhe peço, acredite agora mesmo, porque ele já está curado. Filho querido, essas rosas são o sinal que você vai levar ao Bispo. Diga-lhe em meu nome que, nessas rosas, ele verá minha vontade e a cumprirá. Você é meu embaixador e merece a minha confiança. Quando chegar diante dele, desdobre a sua “tilma” (manto) e mostre-lhe o que carrega, porém, só em sua presença. Diga-lhe tudo o que viu e ouviu, nada omita…”.

O prelado viu não somente as rosas, mas o milagre da imagem de Nossa Senhora de Guadalupe, pintada prodigiosamente no manto do humilde indígena. Ele levou o manto com a imagem da Santíssima Virgem para a capela, e ali, em meio às lágrimas, pediu perdão a Nossa Senhora. Era o dia 12 de dezembro de 1531.

Uma linda confirmação deu-se quando Juan Diego fora visitar o seu tio, que sadio narrou: “Eu também a vi. Ela veio a esta casa e falou a mim. Disse-me também que desejava a construção de um templo na colina de Tepeyac e que sua imagem seria chamada de ‘Santa Maria de Guadalupe’, embora não tenha explicado o porquê”. Diante de tudo isso muitos se converteram e o santuário foi construído.

O grande milagre de Nossa Senhora de Guadalupe é a sua própria imagem. O tecido, feito de cacto, não dura mais de 20 anos e este já existe há mais de quatro séculos e meio. Durante 16 anos, a tela esteve totalmente desprotegida, sendo que a imagem nunca foi retocada e até hoje os peritos em pintura e química não encontraram na tela nenhum sinal de corrupção.

No ano de 1971, alguns peritos inadvertidamente deixaram cair ácido nítrico sobre toda a pintura. E nem a força de um ácido tão corrosivo estragou ou manchou a imagem. Com a invenção e ampliação da fotografia descobriu-se que, assim como a figura das pessoas com as quais falamos se reflete em nossos olhos, da mesma forma a figura de Juan Diego, do referido bispo e do intérprete se refletiu e ficou gravada nos olhos do quadro de Nossa Senhora. Cientistas americanos chegaram à conclusão de que estas três figuras estampadas nos olhos de Nossa Senhora não são pintura, mas imagens gravadas nos olhos de uma pessoa viva.

Declarou o Papa Bento XIV, em 1754: “Nela tudo é milagroso: uma Imagem que provém de flores colhidas num terreno totalmente estéril, no qual só podem crescer espinheiros… uma Imagem estampada numa tela tão rala que através dela pode se enxergar o povo e a nave da Igreja… Deus não agiu assim com nenhuma outra nação”.

Coroada em 1875 durante o Pontificado de Leão XIII, Nossa Senhora de Guadalupe foi declarada “Padroeira de toda a América” pelo Papa Pio XII no dia 12 de outubro de 1945.

No dia 27 de janeiro de 1979, durante sua viagem apostólica ao México, o Papa João Paulo II visitou o Santuário de Nossa Senhora de Guadalupe e consagrou a Mãe Santíssima toda a América Latina, da qual a Virgem de Guadalupe é Padroeira. Nossa Senhora de Guadalupe, rogai por nós!

domingo, 10 de dezembro de 2017

Evangelho do 2º Domingo do Advento

Início do Evangelho de Jesus Cristo, Filho de Deus. Está escrito no livro do profeta Isaías: “Eis que envio meu mensageiro à tua frente, para preparar o teu caminho. Esta é a voz daquele que grita no deserto: ‘Preparai o caminho do Senhor, endireitai suas estradas!’”. Foi assim que João Batista apareceu no deserto, pregando um batismo de conversão para o perdão dos pecados. Toda a região da Judeia e todos os moradores de Jerusalém iam ao seu encontro. Confessavam os seus pecados e João os batizava no rio Jordão. João se vestia com uma pele de camelo e comia gafanhotos e mel do campo. E pregava, dizendo: “Depois de mim virá alguém mais forte do que eu. Eu nem sou digno de me abaixar para desamarrar suas sandálias. Eu vos batizei com água, mas ele vos batizará com o Espírito Santo”. (Mc 1,1-8)


A conversão é o caminho para irmos ao encontro do Senhor

João Batista era o homem da conversão e da penitência. Ele aparece para nós, neste domingo do Advento, apontando-nos a direção por onde precisamos caminhar para irmos ao encontro do Senhor, para encontrá-Lo presente no meio de nós. O caminho para irmos ao encontro do Senhor é o caminho da conversão, é nos convertermos de verdade. E para isso, João nos aponta a penitência. Às vezes, causamos arrepio quando falamos em penitência, parece que ela tem um sentido tão negativo, pesado; quando na verdade, a penitência não é nada mais do que: nos purificarmos dos excessos. Têm excesso de: vaidades; orgulho; das nossas práticas; no que comemos e bebemos. Está na hora de podarmos, porque uma árvore só vai se tornar frondosa, se aqueles galhos que não estão servindo para nada forem podados. Até coisas que, parecem boas em nossa vida, precisamos podar. Precisamos penitenciar nossos atos, nossas atitudes, para que a nossa conversão seja frutuosa. Achamo-nos, muitas vezes, convertidos. Vamos à igreja, rezamos, fazemos as nossas práticas. As práticas não são conversão, são meios para nos convertermos, mas precisamos transformá-las em verdadeiros frutos de conversão em nossa vida, precisamos penitenciar a nossa forma de falar, de nos dirigirmos uns aos outros. Quantas vezes nos deixamos azedar e amargurar com a vida, tornamos as coisas duras e dolorosas, com nossas palavras e atitudes, por vezes a falta de cuidado para se dirigir ao outro e assim por diante. O primeiro “termômetro” da nossa conversão é a nossa família. Como nos relacionamos uns com os outros, como está a nossa convivência com os mais próximos de nós, diz muito sobre a nossa conversão. Quando somos chamados à penitência, somos chamados a rever as nossas atitudes e gestos; somos chamados a repensar a forma como conduzimos e levamos a nossa vida. Por isso, hoje, a graça que pedimos a Deus é a de termos um coração convertido. João é para nós uma “seta”, é aquele que aponta-nos o caminho e indica a nós quem é o Salvador. Aprendamos com João, esse homem de ascese, de vida espiritual renovada e elevada a elevarmos o nosso coração a Deus por uma verdadeira conversão.

sexta-feira, 8 de dezembro de 2017

Nossa Senhora da Imaculada Conceição

Esta verdade, reconhecida pela Igreja de Cristo, é muito antiga. Muitos padres e doutores da Igreja oriental, ao exaltarem a grandeza de Maria, Mãe de Deus, usavam expressões como: cheia de graça, lírio da inocência, mais pura que os anjos.


A Igreja ocidental, que sempre muito amou a Santíssima Virgem, tinha uma certa dificuldade para a aceitação do mistério da Imaculada Conceição. Em 1304, o Papa Bento XI reuniu na Universidade de Paris uma assembleia dos doutores mais eminentes em Teologia, para terminar as questões de escola sobre a Imaculada Conceição da Virgem. Foi o franciscano João Duns Escoto quem solucionou a dificuldade ao mostrar que era sumamente conveniente que Deus preservasse Maria do pecado original, pois a Santíssima Virgem era destinada a ser mãe do seu Filho. Isso é possível para a Onipotência de Deus, portanto, o Senhor, de fato, a preservou, antecipando-lhe os frutos da redenção de Cristo.

Rapidamente a doutrina da Imaculada Conceição de Maria, no seio de sua mãe Sant’Ana, foi introduzido no calendário romano. A própria Virgem Maria apareceu em 1830 a Santa Catarina Labouré pedindo que se cunhasse uma medalha com a oração: “Ó Maria concebida sem pecado, rogai por nós que recorremos a vós”.

No dia 8 de dezembro de 1854, através da bula Ineffabilis Deus do Papa Pio IX, a Igreja oficialmente reconheceu e declarou solenemente como dogma: “Maria isenta do pecado original”.

A própria Virgem Maria, na sua aparição em Lourdes, em 1858, confirmou a definição dogmática e a fé do povo dizendo para Santa Bernadette e para todos nós: “Eu Sou a Imaculada Conceição”. Nossa Senhora da Imaculada Conceição, rogai por nós!

domingo, 3 de dezembro de 2017

1º Domingo do Advento

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: “Cuidado! Ficai atentos, porque não sabeis quando chegará o momento. É como um homem que, ao partir para o estrangeiro, deixou sua casa sob a responsabilidade de seus empregados, distribuindo a cada um sua tarefa. E mandou o porteiro ficar vigiando. Vigiai, portanto, porque não sabeis quando o dono da casa vem: à tarde, à meia-noite, de madrugada ou ao amanhecer. Para que não suceda que, vindo de repente, ele vos encontre dormindo. O que vos digo, digo a todos: Vigiai!”. (Mc 13,33-37)


Estejamos sempre em vigilância

Preciso começar dizendo que, nós gostamos de dormir e precisamos dormir, porque o sono é uma necessidade para a nossa saúde. Uma coisa é dormirmos bem e de forma necessária, pois a nossa saúde precisa; outra coisa é, constantemente, vivermos dormindo. Entretanto, há aqueles, que parecem nem dormir, eles levam para o seu sono, para a sua cama as preocupações, os cuidados e tudo aquilo que é a sua vida; fazem o contrário, pois dormir faz bem e é essencial. Porém, quando estamos dormindo, não estamos atentos, acordados, vigilantes e cuidando da nossa vida. É preciso vigilância, o “estar acordado e atento” para a vida. Muitas vezes estamos acordados, mas não estamos vigilantes, estamos vivendo um estado de sonolência permanente. E o que é esse estado de sonolência permanente? É o descuido com a vida, com as nossas atitudes, com as preocupações que temos, com as nossas responsabilidades. Esse estado de sonolência é não cuidar das nossas próprias atitudes, decisões e da nossa vontade. Deixamo-nos levar, muitas vezes, pelas inclinações do coração, deixamo-nos levar pelos nossos sentimentos, pelas nossas mágoas e pelos impulsos da alma e do coração. Vigiar quer dizer: cuidar daquilo que falamos, pensamos, e da forma como agimos uns com os outros. Algumas vezes agimos errado sem querer, mas muitas vezes o “sem querer” vira uma prática em nossa vida, porque não somos capazes de vigiar as nossas atitudes. A espiritualidade do tempo do Advento é, acima de tudo, a espiritualidade da vigilância daquele operário, daquele servo, que está cuidando da própria vida, vivendo como se cada dia fosse único, não levando a vida de qualquer jeito, de qualquer maneira, mas dando importância a tudo aquilo que faz. Por pequenos descuidos, tragédias tomaram conta da vida de muitos. Não deixemos que a nossa vida se perca, não percamos o sentido e a direção da vida porque não tomamos conta nem somos vigilantes em nossas atitudes e em tudo aquilo que nós realizamos.

quinta-feira, 30 de novembro de 2017

Quem é Maria Santíssima?

1. O caminho da salvação

Por meio de Maria, Deus quis que o Salvador viesse a nós. Deus quis precisar de Maria (Gen 3,15)…´Ela te esmagará a cabeça´. É por Maria que devemos ir a Jesus, porque Jesus veio a nós por Ela.


2. É Mãe de Deus

Jesus é Deus. E Maria é Mãe de Jesus. Isabel lhe disse: ´A que devo a honra de receber a Mãe do meu Senhor?´(Lc 1,43) Os santos a chamam de ´Onipotência Suplicante´, isto é, pode tudo com as suas súplicas a seu Filho. TEOTHOKOS (Mãe de Deus) (Gal 4,4)

3. É Imaculada (08 de dezembro)

Isto é, foi concebida no seio de sua mãe (Sta. Ana) sem o pecado original, que todos os homens herdam dos pais. Maria foi preservada do pecado original pelo sacrifício de Jesus na Cruz. Deus antecipou para Ela a redenção. Para Deus o tempo não é obstáculo. Este doma foi proclamado pelo Papa Pio IX, 1854, solenemente, e confirmado pela própria Virgem em Lourdes, 4 anos depois, quando disse à menina Bernadete: ´Eu sou a Imaculada Conceição´, em 1858. Maria foi livre do pecado para que Jesus também o fosse; isto é, livre das cadeias do pecado, da morte e de Satanás, para poder vencê´lo e libertar a humanidade escrava.

4. Maria é sempre Virgem

Maria sempre quis ser Virgem, isto é, consagrada inteiramente a Deus. Mas Deus precisou dela para Mãe de seu Filho. Como para Deus tudo é possível, Ele a preservou Virgem perpetuamente. A Igreja ensina que Ela é ´Virgem antes do parto, Virgem no parto e Virgem após o parto´. É uma glória que Deus quis lhe dar. É dogma de fé. É um milagre, que não pode ser entendido pela ciência. (Concílio de Cápua, Itália, ano 381)

5. É a predileta do Pai

Maria foi a eleita do Pai entre todas as mulheres de todos os tempos e lugares. Isabel, cheia do Espírito Santo lhe disse; ´Bendita és tu entre as mulheres´(Lc 1,42). Foi a sua profunda humildade a razão de sua escolha por Deus. Ela mesma nos ensina isto no Magnificat: ´Ele olhou para a humildade de sua serva´(Lc 1,48). Quem se humilha será exaltado, disse Jesus. Ninguém se humilhou tanto como Maria, por isso ninguém foi tão exaltada como Ela. Ela mesma diz: ´Todas as gerações me proclamarão bem aventurada´(Lc 1,48). Sendo Mãe de Deus , o Rei, Ela foi humilde, simples, silenciosa, sofredora…. Maria só apareceu nas horas difíceis: Em Caná da Galiléia, no Calvário, na fuga para o Egito, no serviço a Isabel, etc… Os humildes são ocultos. Ela é ´cheia de graça´(Lc 1,30 e 28)

6. Maria é a Esposa do Espírito Santo

Ela concebeu Jesus pelo poder do Espírito Santo (Lc 1,35). Ele é seu Esposo. Onde está Maria está o Espírito Santo. Foi Ela que o trouxe em Pentecostes (At 2). Diz São Luiz de Montfort: ´Quanto mais o Espírito Santo encontra Maria em um coração, mais Ele vem a este coração e o santifica´. Deus quis ter Mãe, escolheu Maria, quis ter uma filha especial, imaculada, escolheu Maria, quis ter uma esposa, escolheu Maria. Que glória a de Maria!

7. Jesus foi submisso a Maria e a José

O criador se fez sujeito à sua criatura ´E ele lhes era submisso´ (Lc 2,51). Também no céu Maria continua Mãe de Jesus, a quem Ele tem a alegria de ´obedecer´. São José, depois de Maria, é o santo de maior glória e poder junto a Deus, por ter sido o eleito para pai adotivo (legal) de Jesus.

8. Maria é vitória de Deus contra o mal

Ela esmaga a cabeça da serpente infernal (Gen 3,15). É preciso estar protegido pelo seu manto virginal. É Ela que está arregimentando hoje o seu Exército de filhos fiéis para dar combate aos pecados do mundo: drogas, vícios, prostituição, homossexualismo, violências, ódios, assassinatos, corrupção, etc… É preciso rezar o Terço todos os dias, até o Rosário todo, para ter a força de Maria. Falar aqui sobre a importância do Rosário. Rezando´o, contemplamos a vida toda de Jesus. Em cada Ave Maria lhes saudamos com a mesma saudação do Arcanjo Gabriel e Sta. Isabel, e pedimos que ela rogue por nós.

9. Ela é medianeira de todas as graças

Maria é o canal de todas as graças. Se Jesus, a maior graça, a salvação, veio por Maria, é lógico que as outras graças, que são menores que essa, também vêm por Maria. Ela é a ´Avenida´ ampla e perfumada que Deus abriu para chegarmos a Ele. Não queira usar outro caminho. As bodas de Caná mostra o poder intercessor de Maria (Jo 2). Explorar isto. ´Pede á Mãe que o ´Filho atende´.

10. Maria é nossa Mãe

Jesus no´la deu como Mãe, na Cruz. Na hora de sua morte, isto é muito significativo. Ela oferecia Jesus na cruz ao Pai, por nós, ao mesmo tempo Jesus a fazia nossa Mãe. De verdade, não só de palavras.(Jo 19,25´27) ler. Ela é a nossa Mãe espiritual. É ela que forma e modela a nossa alma para Deus. Ela nos leva ao caminho da santidade, de modo rápido, fácil, seguro e curto. Ela ´adocica´ a nossa cruz de cada dia, como a Mãe adocica o remédio amargo que o filho precisa beber. Leve Maria para sua casa (no seu coração) como São João o fez. Ela o guiará, sustentará na fé, protegerá nos perigos e ensinará na lei de Deus.

11. Maria foi Assunta ao céu (15 de agosto)

Levada ao céu de corpo e alma. Só Ela e Jesus estão com os seus corpos no céu. Os santos só estão com as sus almas. Os corpos só ressucitarão no juízo final. Maria já ressucitou, está gloriosa de corpo e alma diante de Deus e intercede por cada um de seus filhos com poder. Ela prepara para nós um lugar no céu. ´Nós somos cidadãos do céu´(Fil 3,20) disse São Paulo. Maria nos espera lá. É dogma de fé proclamado por Pio XII em 195.

12. Maria é a Rainha do Universo

Veja (Apoc 12,1). É o universo glorificando a sua Rainha. O sol, a lua e as estrelas era tudo o que os antigos conheciam do universo. A Mãe do Rei é Rainha. Festa celebrada pela Igreja em 22 de agosto. Todo o poder foi dado a Maria abaixo de Deus, no céu, na terra e nos infernos. Todos lhe foram submissos: anjos, homens, demônios.

domingo, 26 de novembro de 2017

34º Domingo do Tempo Comum – Solenidade de Jesus Cristo, Rei do Universo

Naquele tempo, disse Jesus a seus discípulos: “Quando o Filho do Homem vier em sua glória, acompanhado de todos os anjos, então se assentará em seu trono glorioso. Todos os povos da terra serão reunidos diante dele, e ele separará uns dos outros, assim como o pastor separa as ovelhas dos cabritos. E colocará as ovelhas à sua direita e os cabritos à sua esquerda. Então o Rei dirá aos que estiverem à sua direita: ‘Vinde, benditos de meu Pai! Recebei como herança o Reino que meu Pai vos preparou desde a criação do mundo! Pois eu estava com fome e me destes de comer; eu estava com sede e me destes de beber; eu era estrangeiro e me recebestes em casa; eu estava nu e me vestistes; eu estava doente e cuidastes de mim; eu estava na prisão e fostes me visitar’. Então os justos lhe perguntarão: ‘Senhor, quando foi que te vimos com fome e te demos de comer? Com sede e te demos de beber? Quando foi que te vimos como estrangeiro e te recebemos em casa, e sem roupa e te vestimos? Quando foi que te vimos doente ou preso e fomos te visitar?’. Então o Rei lhes responderá: ‘Em verdade eu vos digo que todas as vezes que fizestes isso a um dos menores de meus irmãos, foi a mim que o fizestes!’. Depois o Rei dirá aos que estiverem à sua esquerda: ‘Afastai-vos de mim, malditos! Ide para o fogo eterno, preparado para o diabo e para os seus anjos. Pois eu estava com fome e não me destes de comer; eu estava com sede e não me destes de beber; eu era estrangeiro e não me recebestes em casa; eu estava nu e não me vestistes; eu estava doente e na prisão e não me fostes visitar’. E responderão também eles: ‘Senhor, quando foi que te vimos com fome, ou com sede, como estrangeiro, ou nu, doente ou preso, e não te servimos?’. Então o Rei lhes responderá: ‘Em verdade eu vos digo: todas as vezes que não fizestes isso a um desses pequeninos, foi a mim que não o fizestes!’. Portanto, estes irão para o castigo eterno, enquanto os justos irão para a vida eterna”. (Mt 25,31-46)


O reinado de Jesus acontece no meio dos pobres

A alegria deste domingo é celebrarmos Jesus Cristo, Rei e Senhor de todo o universo. Quando pensamos no reinado de Cristo, não pensamos num rei na forma humana, um rei que está com uma coroa e fica ali sentado no seu trono. Isso é uma alegoria, uma imagem muito terrena que não é capaz de explicar o significado sublime do reinado de Cristo. Onde Cristo reina? Ele reina nas almas, nos corações; reina sobre os homens e as mulheres, que se submetem ao Seu Senhorio. Jesus é Rei daqueles que O proclamam como seu Senhor, não se rendem a nenhuma divindade dessa terra: a nenhum homem ou mulher e, também, não se rendem a qualquer coisa desse mundo. O nosso Senhor, o nosso Rei é somente Jesus! Neste domingo, meditamos o Evangelho de São Mateus, vimos Jesus chegar com o Seu Reino definitivo, o reinado eterno; daqueles que para sempre, viverão com Ele no Céu. O Rei vai separar à esquerda os que não são d’Ele e à direita os que são: “Vinde, benditos de meu Pai”. E por que são benditos do Pai e reinarão com Ele para sempre? Porque cuidaram d’Ele, O acolheram e O colocaram como o primeiro em suas vidas. Onde está Jesus? Alguns pensam que Ele está somente no Sacrário, na Cruz, nas orações. Ele está nesses ”lugares”, é o lugar da presença d’Ele,entretanto, hoje, Ele está mostrando que o Seu reinado começa com: os pobres, os famintos, os necessitados, os desabrigados, os presos, (…) com as pessoas que não valem nada. “Eu tive fome e tu me deste de comer”, todos os famintos, todas as pessoas que não têm o que comer, é Jesus clamando por um pão, clamando pelo direito de se alimentar. Todas as pessoas sedentas, que não têm nem uma roupa para vestir; o irmão que não tem casa para morar, o doente que está sofrendo, o outro que foi preso, aquele que está condenado, e assim por diante,  neles são os lugares do nosso encontro com Jesus. É preciso desfazer-se dessa imagem de um rei com coroa na cabeça, para “visualizarmos” a imagem de um Rei que, antes de tudo, se faz pobre. Ele nasceu pobre, viveu como pobre e morreu totalmente sem nada. E se quisermos encontrá-Lo, nessa vida e na eternidade, O encontremos entre tantos sofredores, aflitos, famintos, tantos pobres e miseráveis que clamam para serem socorridos. O reinado de Jesus acontece no meio dos pobres, o Seu reinado está entre aqueles que estão sofrendo, porque eles são para nós a imagem de Jesus Senhor.

sexta-feira, 24 de novembro de 2017

Como devo me preparar para o Natal?

O que é o Natal?

Papa Francisco, em uma de suas homilias sobre o Natal, não hesitou em afirmar à humanidade seu verdadeiro significado: “O Natal é mais! Nós vamos por esse caminho para encontrar o Senhor, porque o Natal é um encontro e nós caminhamos para encontrá-Lo com o coração, com a vida, encontrá-Lo vivo, como Ele é, encontrá-Lo com fé”. O Natal é um encontro. Que bela definição o Santo Padre nos deu! Trata-se, portanto, de um encontro com Jesus, o Menino Deus que traz consigo o segredo da verdadeira paz à alma humana ainda tão agitada. Nesse encontro com Cristo, o Sumo Pontífice nos indica a oração, a caridade e o louvor como caminhos para uma boa preparação para bem celebrarmos o nascimento de Jesus.


Gostaria de deter-me, neste primeiro caminho, que é da oração, para vivenciarmos o Natal como aquilo que ele verdadeiramente é.

O mundo, nesta época, ensina-nos que tudo consiste em caprichar na compra de presentes, fazer aquela ceia maravilhosa com ricas iguarias, ter o maior número possível de enfeites natalinos dentro de casa, chamar todos os parentes para uma confraternização social – mesmo que, durante os outros 364 dias do ano, vocês nem se falem mais! – e dar, além de tudo isso, umas generosas contribuições para as tais “caixinhas de Natal”.

Tudo na vida tem real significado e valor. O Natal é, sobretudo, o aniversário do nascimento de nosso Senhor Jesus Cristo, o Verbo de Deus que se fez carne e habitou entre nós para nos salvar. Mas grande parte da nossa sociedade, tão consumista e alienada, simplesmente celebra o aniversário ignorando o aniversariante.

Seguir o conselho da Virgem Maria

Nós cristãos não estamos isentos de tal risco. Podemos cair no mesmo equívoco de celebrar esta grande festa ignorando o aniversariante, que é Cristo. Para que isso não aconteça, segue o conselho constante que a Mãe de Jesus nos dá em Medjugorje: “Queridos filhos, rezem, rezem e rezem”.

Intimidade com Deus

Preparemos o aniversário de Jesus com as nossas orações. Quando nos decidirmos viver o Natal em oração, já estaremos começando a experimentar esse encontro com o Menino Deus. É por meio da oração, dessa busca de uma maior intimidade com Deus, que adentramos no castelo do Rei dos reis e nos livramos daquelas amarras de ressentimentos e lembranças amargas que nos oprimem e estragam o nosso Natal. Porém, não se iluda, meu irmão! Esse “castelo” nos é revelado na pobreza da gruta de Belém, na qual o Trono de Graça se fez simples manjedoura e Aquele que detém todo poder e autoridade nas mãos manifesta-se na fragilidade de uma criança nos braços de Sua Mãe.

Somente aquele que reza consegue contemplar esses sinais escondidos, os quais o mundo ainda não foi capaz de enxergar. Aquele que se decidir a viver o Natal em oração, com certeza o viverá de maneira mais santa, renovada e feliz. Pois o homem que reza jamais se encontra sozinho. Ele é semelhante àqueles Reis Magos que caminhavam por terras desconhecidas sob a guia de uma estrela. A luz que vinha do Alto os direcionava. O mesmo acontece com a alma orante: ela é sempre conduzida pelo Céu e para o Céu.

Não deixe para rezar somente no Dia de Natal

Que tal fazermos essa maravilhosa experiência nesse tempo? Prepare-se bem para o Natal por meio da oração e não deixe para rezar somente no grande dia. Comece antes, comece agora! Reze o Santo Terço em família, leia na Bíblia as verdadeiras histórias do Natal para seus filhos, participe bem das Santas Missas durante este tempo, faça uma boa confissão e, nos últimos dias do Advento, reze a Novena de Natal com os seus.

Enfim, deixe que a força da oração o guie em direção à gruta de Belém. Ali, você contemplará o Filho de Deus que se fez um de nós e aprenderá que o Natal é a oportunidade que a humanidade tem de recordar que o verdadeiro amor consiste em doar-se até o fim com humildade e simplicidade. Ali, naquela manjedoura construída pela paz em seu coração, você poderá admirar o sorriso do Menino Jesus. Diante desse singelo sorriso, é impossível que a alma humana permaneça sofrendo na dor e na solidão!

Desejo a você e a sua família um Natal diferente dos anos anteriores, um Natal preparado em oração, que marque definitivamente esse tempo novo de recomeços e retomadas na sua vida.

domingo, 19 de novembro de 2017

Evangelho do 33º Domingo do Tempo Comum

Naquele tempo, Jesus contou esta parábola a seus discípulos: “Um homem ia viajar para o estrangeiro. Chamou seus empregados e lhes entregou seus bens. A um deu cinco talentos, a outro deu dois e ao terceiro, um; a cada qual de acordo com a sua capacidade. Em seguida viajou. O empregado que havia recebido cinco talentos saiu logo, trabalhou com eles e lucrou outros cinco. Do mesmo modo, o que havia recebido dois lucrou outros dois. Mas aquele que havia recebido um só saiu, cavou um buraco na terra e escondeu o dinheiro do seu patrão. Depois de muito tempo, o patrão voltou e foi acertar contas com os empregados. O empregado que havia recebido cinco talentos entregou-lhe mais cinco, dizendo: ‘Senhor, tu me entregaste cinco talentos. Aqui estão mais cinco, que lucrei’. O patrão lhe disse: ‘Muito bem, servo bom e fiel! Como foste fiel na administração de tão pouco, eu te confiarei muito mais. Vem participar da minha alegria!’. Chegou também o que havia recebido dois talentos, e disse: ‘Senhor, tu me entregaste dois talentos. Aqui estão mais dois que lucrei’. O patrão lhe disse: ‘Muito bem, servo bom e fiel! Como foste fiel na administração de tão pouco, eu te confiarei muito mais. Vem participar da minha alegria!’. Por fim, chegou aquele que havia recebido um talento, e disse: ‘Senhor, sei que és um homem severo, pois colhes onde não plantaste e ceifas onde não semeaste. Por isso, fiquei com medo e escondi o teu talento no chão. Aqui tens o que te pertence’. O patrão lhe respondeu: ‘Servo mau e preguiçoso! Tu sabias que eu colho onde não plantei e ceifo onde não semeei? Então, devias ter depositado meu dinheiro no banco, para que, ao voltar, eu recebesse com juros o que me pertence’. Em seguida, o patrão ordenou: ‘Tirai dele o talento e dai-o àquele que tem dez! Porque a todo aquele que tem será dado mais, e terá em abundância, mas daquele que não tem, até o que tem lhe será tirado. Quanto a este servo inútil, jogai-o lá fora, na escuridão. Aí haverá choro e ranger de dentes!’”. (Mt 25,14-30)


Sejamos fiéis na administração daquilo que recebemos de Deus

O Evangelho de hoje, conta-nos a realidade maravilhosa do senhor que, chamou os empregados dele, para lhes confiar os seus talentos, assim, cada um dos empregados, poderiam administrar os talentos recebidos. Ao primeiro empregado deu cinco talentos, ao segundo deu dois talentos e ao terceiro deu um talento, conforme a capacidade que cada um tinha. Algumas pessoas têm capacidade para demonstrarem muitas coisas, outras têm dificuldade e demonstram menos. Existem aquelas, que têm capacidade de administrar poucas coisas ou uma coisa menor. Isso não quer dizer que, quem administra uma empresa é mais importante do que àquela que administra uma casa, e nem que aquele que administra o país, seja melhor do que quem administra uma horta em sua própria casa. Não! É apenas para nos lembrar que: a quem muito se deu, muito tem que corresponder ao que recebeu. Quem pouco receber, precisa corresponder ao pouco que receber. O mais importante é que, cada um: corresponda, dê uma resposta, e não se deixe perder por ter recebido muito, pouco ou mais ou menos, mas que dê conta daquilo que recebeu. Você pode ter recebido o menor talento de todos, entretanto, você pode torna-lo o maior talento do mundo, quando você administra, assume; quando você não tem uma postura de relaxado, preguiçoso, displicente, negligente, desatento, descuidado. Quando, nós, não levamos a vida de qualquer jeito: “Muito bem, servo bom e fiel! Você foi fiel na administração de tão pouco”. A cada dia e no “dia final”, é isso que os nossos ouvidos precisam ouvir de Deus. Sejamos fiéis na administração daquilo que recebemos de Deus. Não façamos pouco caso, não cuidemos de qualquer jeito, não tratemos de qualquer forma a graça que nos foi confiada. Precisamos ter responsabilidade com aquilo que temos. O servo torna-se inútil ou mau, quando para de olhar e cuidar dos dons dele, e vai reparar nos do outro. O servo é mau quando para de cuidar da sua vida para cuidar da vida dos outros. quando estamos olhando a horta do vizinho e não estamos cuidando da nossa própria horta. Quando estamos olhando a horta do vizinho e não cuidamos da nossa, ela para de produzir frutos, ou seja, a nossa vida se perde. Cada um produz os frutos, de acordo com aquilo que é capaz de produzir. O problema é que não podemos dar desculpa de que não damos conta, que não recebemos nada e, ainda, dar a desculpa de não sermos capazes de administrar o pouco ou o muito que recebemos. Que possamos dar muitos frutos com os dons e os talentos que temos na vida.

sábado, 18 de novembro de 2017

Para a Igreja, as velas têm um significado muito importante

As velas são um costume muito antigo da Igreja, pois simbolizam o Cristo ressuscitado, Luz do mundo (João 8,12). Desde os primórdios, a Igreja a assumiu como uma maneira de honrar a Deus, os santos, anjos etc. São, mais ou menos, como as flores que expressam honra e louvor.


“Segundo a Sagrada Escritura, antes da criação do mundo, tudo era uma grande confusão, o caos, a desordem. Até que Deus mandou que se fizesse a luz (Gn 1,1-3). Os primeiros cristãos chamavam o batismo de “iluminação”, quando o batizando recebia a luz de Cristo. Era também costume colocar uma vela benta nas mãos de uma pessoa que morria, como sinal de sua fé.

Luz da fé

Jesus falava exatamente da luz da fé. Ele a comparou com uma vela acesa: “aquele que vive sua fé brilha como a luz”. Assim, a vela significa a fé daqueles que rezam, significa a presença de Deus em nossa vida, sobretudo, a presença d’Ele em nós. Na noite do Sábado Santo, quando o celebrante acende o círio pascal, significa a Ressurreição de Jesus, isto é, a nova vida de Cristo e Sua presença entre nós.

Quando se batiza uma criança, para significar que o batismo comunica a vida da fé e também a presença de Deus na alma da criança, acende-se uma vela. Essa vela do batismo é acesa no círio pascal, mostrando que a vida de fé da criança é a mesma nova vida de Cristo em Sua ressurreição.

Enfim, nas celebrações religiosas (seja a Santa Missa, os sacramentos ou qualquer ato de culto), as velas acesas significam a expressão da vida de fé daqueles que rezam e a presença de Deus entre nós. A vela também traz o sentido de velar, de vigilância, de tomar cuidado para não cair em pecados; o que é uma exigência de quem tem fé em Deus e quer viver segundo a Sua vontade.

Na chama da vela estão presentes as forças da natureza e da vida. Cada vela marca um ano de nossa vida no bolo de aniversário. Para nós cristãos, simboliza a fé, o amor e o trabalho realizado em prol do Reino de Deus. Velas são vidas que se imolam na liturgia do amor a Deus e ao próximo. Tudo isso foi levado para a liturgia do Advento. Com ramos de pinheiro, uma coroa com quatro velas prepara os corações para a chegada do Deus Menino.

terça-feira, 14 de novembro de 2017

Qual o dia adequado para montar a árvore?

Um dos grandes símbolos do período natalino, a árvore de Natal simboliza, segundo a tradição da Igreja Católica, a vida. Mas, em meio a dias de expectativa para a chegada das festas de fim de ano, qual o dia adequado para montar a árvore?


Segundo a tradição, a árvore deve começar a ganhar a sua forma e seus enfeites a partir do dia 30 de novembro. É quando se inicia o tempo do Advento para a Igreja, que é o período de alegria e expectativa para o nascimento do Cristo.

Seria melhor que a árvore não fosse montada toda de uma vez exatamente por causa do advento: como ele é um tempo de preparação, os enfeites devem ir sendo acrescentados aos poucos. A preparação deve ser intensificada a partir de 17 de dezembro, pois é nesse dia que Bíblia começa a falar do nascimento de Jesus.

Hora de desmontar

O Dia dos Reis, 6 de janeiro, marca a data certa para desmontar a árvore e o presépio. Foi nesse dia que os Três Reis Magos visitaram o Menino Jesus na Manjedoura e o presentearam com mirra, incenso e ouro.  É quando o salvador é apresentado para todo o mundo, portanto o tempo de Natal, de expectativa, termina nesse ponto.

domingo, 12 de novembro de 2017

Evangelho do 32º Domingo do Tempo Comum

Naquele tempo, disse Jesus a seus discípulos esta parábola: “O Reino dos Céus é como a história das dez jovens que pegaram suas lâmpadas de óleo e saíram ao encontro do noivo. Cinco delas eram imprevidentes, e as outras cinco eram previdentes. As imprevidentes pegaram as suas lâmpadas, mas não levaram óleo consigo. As previdentes, porém, levaram vasilhas com óleo junto com as lâmpadas. O noivo estava demorando, e todas elas acabaram cochilando e dormindo. No meio da noite, ouviu-se um grito: ‘O noivo está chegando. Ide ao seu encontro!’. Então as dez jovens se levantaram e prepararam as lâmpadas. As imprevidentes disseram às previdentes: ‘Dai-nos um pouco de óleo, porque nossas lâmpadas estão se apagando’. As previdentes responderam: ‘De modo nenhum, porque o óleo pode ser insuficiente para nós e para vós. É melhor irdes comprar dos vendedores’. Enquanto elas foram comprar óleo, o noivo chegou, e as que estavam preparadas entraram com ele para a festa de casamento. E a porta se fechou. Por fim, chegaram também as outras jovens e disseram: ‘Senhor! Senhor! Abre-nos a porta!’. Ele, porém, respondeu: ‘Em verdade eu vos digo: Não vos conheço!’. Portanto, ficai vigiando, pois não sabeis qual será o dia nem a hora”. (Mt 25,1-13)


O Noivo está vindo ao nosso encontro

A bela parábola das dez jovens virgens do Evangelho de hoje é para nós um símbolo ou uma comparação da maneira como vivemos nesta vida. Ora somos as jovens prudentes, ora imprudentes; ora somos aqueles que estão atentos, ligados e preparados, ora somos aqueles que estão desatentos, desligados e despreparados. O que me chama à atenção é o fato de saber que o Noivo é Cristo e nós somos as virgens que estão esperando Ele chegar. Parece, no entanto, que Ele está demorando, que só vai chegar daqui a um tempo, e que temos muito tempo pela frente. “Viverei muitos anos ainda. Lá na frente, eu me converto, torno-me melhor”. Temos de estar preparados para nos encontrar com o Noivo, porque Ele pode chegar hoje. Isso, no entanto, não quer dizer que Ele vai nos pegar de surpresa. Acho que a pior coisa da vida é sermos pegos de surpresa, desprevenidos com essa ou aquela situação. A pior coisa da vida é não vivermos preparados, a cada dia, para tudo aquilo que a vida exige de nós. Sabe por quê? Muitas vezes, não estamos preparados para dar as respostas à vida de acordo com cada tempo, pois estamos cochilando, dormindo, não estamos atentos à vida. E não cuidar da vida é não dar a ela a diligência que ela merece, é não estar de prontidão para suas exigências próprias. Em outras palavras, é viver de qualquer jeito. Não podemos viver simplesmente “empurrando” a vida. Temos para viver o dia que se chama “hoje”, o que temos para cuidar é o que precisamos cuidar hoje. Ao “empurrarmos” as coisas com a barriga, estamos fazendo tudo de qualquer jeito; e isso demonstra o grau de imprudência na qual levamos a nossa vida. Quando estamos com as lâmpadas acesas, enchendo-as, a cada dia, com o óleo da graça, do Espírito e da Palavra, com o óleo do amor de Deus, estamos ligados, atentos, sendo prudentes, porque a prudência é o que Deus espera de nós.

quinta-feira, 9 de novembro de 2017

Por que muitos homens não gostam de ir ao médico?

Com a chegada do mês de outubro, vemos várias campanhas em torno da cor rosa; afinal, é Outubro Rosa, mês de falar da saúde da mulher. Não só do câncer de mama, mas da relação da mulher com sua saúde. Logo depois, somos lançados no azul, com a campanha Novembro Azul. Agora, já é hora de falar da relação dos homens com sua saúde. No entanto, esta campanha parece ser mais tímida (é mais recente que o Outubro Rosa), ainda está engatinhando em relação às ações concretas.


Reflitamos:

Por que, para o homem, é tão “tensa” essa realidade de relacionar-se com sua saúde? Por que, para o homem, é algo demorado a ida ao médico? (Isso quando ele vai!). Poderíamos pensar em várias respostas ou tentativas de respondê-las,  mas vamos refletir alguns pontos que podem nos ajudar a chegarmos a um possível consenso.

1º) Fomos criados para ser “fortes”

Desde pequenos, quando caíamos no chão, esfolávamos os joelhos ou arrebentávamos o dedão do pé, escutávamos: “Seja forte! Não chore. Não foi nada! Levante-se logo daí”. Não podíamos mostrar fraqueza, afinal, “homem não chora”. Isso, de certa forma, deixou marcas em nós e um desconforto ao assumirmos fragilidades. Logo, ir ao médico é, no mínimo, assumir que “não somos imortais”, que podemos estar “falhos” (doentes). Isso seria assumir as fraquezas. Então, deixe o médico para lá, pois “isso é para os fracos!”.

2º) Homem não sente dor

Nossa relação com a dor, na linha do 1º ponto, seguiu o mesmo caminho. Às vezes, sentíamos uma baita dor, mas, diante dos amigos e até dos pais, tínhamos de fazer aquela cara de “estou aguentando”. Dessa forma, assumir que o corpo padece é também tocar na fraqueza e questionar nossa masculinidade.

3º) Nosso tempo é precioso

Nosso tempo é precioso. Precisamos fazer, produzir e realizar algo a todo momento. O masculino traz em si o papel do “fazer” como um dos elementos estruturantes de si mesmo. Logo, ir ao médico é deixar de “fazer” (produzir, realizar), e não dá para perder horas na fila de espera, no consultório do médico ou naquele exame demorado, pois isso seria perda de tempo.

4º) Não somos de muita conversa

Marcar horário para conversar com alguém que mal conheço? Nem pensar! Se nem com minha esposa curto essa história de DR (discutir relação), imagine com um médico! Nós homens, na maioria dos casos, temos dificuldades para falar de nós mesmos. Qual a primeira pergunta que o médico faz: “ Como você está?”.

5º) Temos medo do desconhecido

Nós homens gostamos de ter controle sobre as variáveis da vida. Logo, não saber o que é essa ardência ao urinar ou a mancha aqui ou aquela dor ali é também ter de enfrentar o desconhecido. Queremos, ao máximo, deixar para depois. Fazer aquele exame e esperar o resultado pode ser angustiante. E se der um… (três pontinhos que angustiam qualquer homem).

Poderíamos ainda falar de várias outras hipóteses de resposta, como o medo que o homem traz de se mostrar, de ser invadido (colonoscopia, endoscopia, toque etc.) ou tocar em sua finitude. São questões que questionam a masculinidade de muitos homens.

Masculinidade

Precisamos nos apropriar de nossa masculinidade, não ter medo de a libertar desses clichês que aniquilam nossa essência masculina. Precisamos assumir que nossa fortaleza não está no fato de sempre sermos fortes e poderosos, mas na capacidade de reconhecer nossas fraquezas e limites, buscando enfrentá-los. Temos de assumir que nossa dor pode ser diminuída quando assimilada como nossa e como verdade de nós mesmos; quando fazemos muito, mas nossa eficiência está no transbordamento do nosso ser. Precisamos integrar nosso eu interior quando nos colocarmos em relação com o outro, buscando ali novas respostas. O desconhecido só amedronta, porque eu o desconheço. Quando o reconheço, encontro nele novas oportunidades de superá-lo.

Nesses novos tempos que estamos vivendo, é preciso que nós homens nos assumamos naquilo que somos, não tendo medo de nossas fraquezas, mas nos permitindo enfrentar, com coragem, nossos fantasmas mais escondidos. Nossa relação com a saúde não deve ser a de “intervenção” (quando já estamos doentes), mas sim de prevenção. Marcar consultas preventivas, exames que podem nos antecipar de grandes patologias tornam-se grandes ferramentas para o exercício de nossa masculinidade. Afinal, um grande homem sempre tem uma boa estratégia! E por que não uma estratégia de saúde? Vamos marcar sua consulta médica!

sábado, 4 de novembro de 2017

Saiba o que deve e o que não pode levar na prova do Enem

Alguns itens são obrigatórios para os estudantes que farão a prova do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e que devem deixá-los atentos. No dia da prova, é obrigatório apresentar um documento oficial de identificação com foto.


Este documento pode ser a carteira de identidade, carteira de motorista, carteira de trabalho, carteira de reservista ou passaporte. A carteira de estudante, porém, não será aceita como documento oficial. Também não serão aceitas cópias, nem mesmo as autenticadas.

Caso o candidato tenha perdido o documento ou este foi roubado, deverá apresentar um boletim de ocorrência expedido por órgão policial há, no máximo, 90 dias do primeiro domingo de aplicação do Enem ― dia 5 de novembro.

Uma caneta esferográfica de cor preta será necessária para fazer as provas, a redação e preencher o cartão de respostas. Outra cor de tinta impossibilita a leitura óptica do cartão de respostas.

O cartão de comprovação de inscrição, que deve ser impresso na página do Enem, não é obrigatório, mas é recomendável levar para ter acesso mais fácil a dados como o local e a sala da prova. Quem precisar comprovar sua presença na prova, para apresentar no trabalho, por exemplo, deve levar a declaração de comparecimento impressa e colher a assinatura do coordenador no dia da prova. O formulário está disponível na Página do Participante.

Os lanches serão permitidos, mas alimentos industrializados, como biscoitos, salgadinhos e iogurte precisam estar com as embalagens lacradas. Todos serão vistoriados antes do ingresso na sala.

Itens proibidos

Não é autorizado o uso de celular ou de qualquer aparelho eletrônico durante as provas. Os aparelhos terão de ser colocados em um porta-objetos com lacre, que deverá ficar embaixo da cadeira até o final das provas.

O candidato também não poderá usar lápis, lapiseira, borrachas, livros, manuais, impressos, anotações, óculos escuros, boné, chapéu, gorro e similares e portar armas de qualquer espécie, mesmo com documento de porte. Se estiver com um desses objetos, eles deverão ser colocados no porta-objetos.

Confira uma lista completa a seguir do que está proibido para esta edição do Enem: Lápis, Chaves, Livros, Manuais, Borracha, Anotações, Boné, chapéu, viseira, gorro ou similares, Fones de ouvido ou qualquer transmissor, gravador ou receptor de dados, imagens, vídeos e mensagens, Impressos, Lapiseira, Óculos escuros, Caneta de material não transparente, Dispositivos eletrônicos (calculadoras, agendas eletrônicas ou similares, telefones celulares, smartphones, tablets, ipods, pen drives, mp3 ou similares, gravadores, relógios, alarmes).